Anúncios de descobertas de novos super campos de petróleo no Brasil, Ásia Central e em outras partes do mundo têm chamado a atenção dos nossos leitores e leitoras sobre as implicações que estas novas reservas poderiam causar à indústria dos biocombustíveis.
A questão que estão levantando é se estas descobertas não vão parar ou pelo menos diminuir a corrida por energia alternativa que tantos especialistas no mundo todo e particularmente nós aqui do MyBeloJardim defendemos com tanta força.
Em nossa opinião a corrida para criar aditivos, derivados e substitutos à era finita do petróleo é irrervesível e a nação… que não se engajar de corpo e alma nesta nova modalidade energética, a dispeito de ter ou não novas reservas petrolíferas, vai pagar um preço muito grande no futuro.
Como temos mostrado no nosso site, no mundo de energia alternativa tudo está acontecendo a uma velocidade muito rápida. Lembrem que em post recente, escrevemos sobre o início da construção da usina Ivanpah de Energia Solar Concentrada de 375 MW na Califórnia considerado como a maior de seu tipo no mundo.
Quase no mesmo dia que tínhamos colocado o post online, foi anunciado a aprovação de outra mega central de Energia Solar Concentrada muito maior, de 1,000 Megawatts (1 GW), usando a tecnologia de calhas parabólicas a ser construida em terras públicas na cidade Blythe em pleno deserto Californiano.
Isto é, a corrida para viabilizar combustívies e fontes de energias renováveis é parte hoje do dia-a-dia de todos aqueles que sabem que o petróleo tem seus dias contados por ser um recurso finito que está nos seus limites de continuar suprindo a demanda mundial de energia.
Tudo isto é ainda mais consubstanciado quando tomamos conhecimento de recentes revelações de fontes internas da Agencia Internacional de Energia indicando que a AIE pode ter distorcido para menos a taxa de declínio e projeções de disponibilidade de petróleo na próxima década.
Se estas revelações forem confirmadas, isto pode atingir a indústria petrolífera como uma bomba afetando o planejamento de suprimento e demanda da futura produção de petróleo mundial.
A substimação da taxa de declínio dos campos petrolíferos existentes, exagerando possibilidades de encontrar novas reservas têm o potencial de jogar para o caos todo o planejamento energético em longo prazo dos governos atuais.
Contudo, seja qual for a realidade, todos nós sabemos que a demanda global de petróleo tem uma grande probalidade de superar a produção de óleo fóssil nesta década, mesmo levando em conta as recentes descobertas de petróleo offshore tanto no Brasil como na Ásia Central.
Sabemos atualmente que não basta fazer anúncios super otimistas com novas descobertas em mar profundo e dizer que temos uma riqueza inesgotável. Os custos super elevados e crescentes para o desenvolvimento de novos super-campos, tais como os campos offshore de Kashagan no Cazaquistão e a reserva Pré-Sal no Atantico Sul no Brasil exigirão $bilhões e $bilhões em investimentos antes que os primeiros barris de petróleo sejam comercialmente produzidos.
Em tal cenário, energia alternativa renovável vinda da energia solar, biocombustíveis e de outras fontes alternativas estão e vão desempenhar um papel cada vez mais importante na matriz mundial de oferta de eletricidade e combustíveis.
Hoje como modelos de primeira geração tecnológica temos o Brasil, onde biocombustível é fabricado em grande parte a partir da cana de açucar, nos Estados Unidos, onde é destilado principalmente a partir do milho, e a grande fronteira ainda virgem que são os países da Ásia Central onde a planta indígena, Camelina sativa, pode ser uma grande fornecedora da matéria-prima para produção de combustíveis renováveis.
Outras tecnologias avançadas de segunda e terceira geração, a maioria ainda em desenvolvimento ou em escala piloto, como os biocombustíveis aquícolas e celulósicos e a cultura energetica do Pinhão manso (Jatropha curcas) certamente vão também desempehar funções estratégicas na corrida de alternativas sustentáveis para a finita era do petróleo.
A questão é quão e quanto enganjados e comprometidos estão às lideranças dos nossos países em seriamente colocarem recursos onde estão suas bocas e desenvolverem programas vitoriosos, como o do biocombustíveis do Brasil, para realmente termos alternativas viáveis para o petróleo.
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