Brasil: Investindo Fundo em Biocombustíveis Apesar da Controvérsia Alimentos vs Combustíveis

(clique para ampliar)

A crise e derrubada do governo Egípcio causado, segundo se acredita, por uma profunda crise de falta de alimentos tem trazido a tona a discussão o tema “alimentos versus combustível (food vs fuels)” por aqueles que acreditam que o uso das terras para produção de biomassa para combustíveis e não a alta do petróleo é a causa da crise alimentícia atual.

No meio desta controvérsia, o Brasil (acusado como os dos causadores da crise mundial de alimentos) continua investindo pesado na produção de biocombustíveis de várias fontes e tipos. 

A decisão sólida da nação Latina é um exemplo para o mundo como energia renovável é uma opção tangível e possíivel de ser atingida apesar de toda as questões que estão sendo levantandas.

Um claro exemplo disto é o anúncio esta semana da estatal petroleira Petrobras confirmando numa entrevista ao Wall Street Journal  que vai investir US $ 3,5 bilhões de dólares nos próximos quatro anos para dobrar sua produção de biocombustíveis. A Petrobras iniciou a sua divisão de biocombustíveis, a Petrobras Biocombustível, em 2008.

Em outubro passado, a mesma Petrobrás firmou um  acordo de US $ 1,2 bilhão de dólares para comprar até 580 milhões de galões de etanol da empresa Açúcar Guarani durante os próximos quatro anos. Petrobras já acertou para  no final de abril comprar 45,7% da empresa dos seus donos  francêses, Tereos, nos próximos cinco anos.

Em novembro passado, a Petrobras criou uma rede de distribuição de etanol, com cinco empresas, incluindo a Cosan Indústria e Comércio SA, 20%, a Copersucar SA, 20%; Odebrecht Transportes Participações SA, 20%, Camargo Correa Óleo e Gás SA, 10% e Uniduto Logística SA, 10% investindo um total de US $ 58 milhões. Todas as empresas acima, exceto a Copersucar, já realizaram estudos sobre projetos de distribuição usando etanolduto.

E a Controvérsia Continua…

Muitos estão afirmando que a cada ano, o mundo exige mais grãos, e este ano as fazendas do mundo não irão produzi-los. Acrescentam que os preços dos alimentos subiram acima dos níveis da crise alimentar de 2008. Milhões de pessoas poderão ficar desnutridas, e centenas de milhões que já estão com fome vão comer menos ou desistir de outras necessidades. Indicam que os motins causados pela crise de alimentos devem se intensificar cada vez mais.

Os contrários a produção de energia a base de biomassa afirmam que a crise alimentar de 2008 teve nos biocombustíveis um papel significativo. Afirmam, sem dados comprobatórios, que demanda por biocombustíveis tem quase duplicando o desafio de produzir mais alimentos.

Será que estamos mesmo a beira de um colapso mundial de alimentos causado pela produção de biocombustíveis?

Em próximos artigos vamos discutir sobre a controvérsia  “alimentos versus combustível” e ver o que o Rev. Thomas Mathus com sua Teoria Populacional, o Marquês de Condorcet com seu “Ensaio na Aplicação de Análises para a Probabilidade das Decisões da Maioria”, William Godwin com seu “Anarquismo” e Bertrand Russell  com seu “Logicismo “ podem ter a ver com tudo isto, mesmo não estando mais no planeta Terra. Até lá!

Artigos Relacionados:

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *