Notícias divulgadas esta semana nos USA anunciaram que Novozymes, umas das maiores empresas de enzimas do mundo, firmou acordo de parceira com a Petrobras para desenvolver tecnológias de etanol celulósico através da uma nova rota enzimática para a produção de biocombustíveis de segunda geração a partir do bagaço da cana.
O acordo abrange o desenvolvimento de enzimas e processos de produção de etanol de segunda geração a partir do bagaço lignocelulósico em um processo duplo envolvendo enzimas e fermentação.
Como é do conhecimento de todos que trabalham com bioenergia, o potencial comercial do etanol celulósico no Brasil estar diretamente ligado a imensa quantidade de bagaço de cana, um resíduo fibroso da produção de cana, disponível no país.
Brasil é o maior produtor mundial de cana de açúcar com uma capacidade de extração de cerca de 600 milhões de toneladas por ano, atualmente produzindo 27 bilhões de litros (7.000 milhões de galões) de etanol.
Estima-se que a tecnologia de bagaço para etanol possa aumentar a produção de etanol no Brasil em cerca de 40% sem aumentar a área plantada de cana de açúcar.
Várias empresas já estão realizando pesquisas sobre enzimas na conversão de bagaço para etanol celulósico a fim de tornar o processo comercialmente viável.
As enzimas decompõem os resíduos vegetais como milho, palha de trigo, lascas de madeira e bagaço de cana, que são fermentados para produzir bioetanol.
Muitos laborátorios em todo mundo vêm desenvolvendo pesquisas sobre os processos bioquímicos integrados para a conversão de bagaço de cana em etanol.
Acontece que como o potencial do bagaço de cana no Brasil é tão grande, outras tecnologias estão também sendo desenvolvidas e testadas para usar esta matéria prima na produção de bioenergia.
Gaseificação/Plasmalyses é outra que está sendo pesquisada para ser utilizada em larga escala para produzir não somente etanol, mas gasolina, diesel e combustível de aviação a partir do bagaço da cana.
Esperamos que todos estes esfôrços conjuntos possas resultar em aplicações viáveis em todos os sentidos para incrementar a oferta mundial de biocombustíveis.
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