Anunciada os volumes de mistura mandatória de biocombustíveis nos USA para 2011, uma gigante oportunidade comercial de exportação para o Brasil.
A nação Brasileira pode agora se firmar cada vez mais como umas das maiores potencias mundiais em combustíveis avançados e, é claro, faturar US $bilhões.
Isto tudo decorrência do anúncio feito pela agência de Proteção Ambiental americana (EPA) no qual apresentou oficialmente as normas para 2011 das porcentagens de mistura para as quatro categorias de combustíveis no âmbito da programa Padrão de Combustíveis Renováveis da agência, conhecido como RFS2.
Em julho, a EPA tinha sinalizado que iria especificar um intervalo entre 6 as 25 milhões de galões para a cota do etanol celulósico como estímulo para este setor ainda inicial.
Contudo, os números anunciados ficaram em 6,6 milhões de galões, muito, mais muito abaixo dos 250 milhões de galões de biocombustíveis celulósicos originalmente previsto para 2011 e estabelecido no Energy Independence and Security Act de 2007.
Volumes de Mistura Mandatórios para 2011
Biocombustível celulósico: 6,6 milhões de galões
Diesel à base de biomassa: 800 milhões de galões
Biocombustíveis Avançados (para os quais ambos diesel a partir da biomassa e os biocombustíveis celulósicos podem ser considerados): 1,35 bilhões de galões
Combustíveis renováveis: 13,95 bilhões de galões ( 52.8 bilhões de litros).
Esta é a melhor notícia, benção dobrada e o melhor presente que Lula e a Dilma poderiam pedir a Papai Noel dar para a indústria brasileira de etanol.
Brasil, o Grande Beneficiário desta Decisão da EPA.
Com a meta de produzir ou importar e 21 bilhões de galões até 2022 e a abertura de importar 13.95 bilhões em 2011, é o Brasil o grande beneficiário e vencedor nesta decisão da EPA.
A oportunidade que se abre para as exportações de bioetanol para a indústria brasileira são imensas como o único país com tradição, potencial e capacidade de produzir biocombustíveis de primeira geração baseado em cana-de-açucar.
O que vai acontecer é que como não há condição na prática de atingir os valores de mistura exigidos e mandatórios de biocombustíveis avançados estabelecidos pelo Congresso para os próximos anos as misturadoras vão agir.
As empresas petrolíferas (misturadoras) em vez de pagar a “pena fiscal” por não terem atingido a meta de mistura, vão simplesmente comprar etanol do Brasil, porque é mais barato do que pagar o imposto penalizante. Nesta condição o etanol brasileiro pode ser classificado como um biocombustível avançado.
Empresas Brasileiras Registram-se na EPA como Produtores de Biocombustíveis Avançados
Numa ação estratégica, as empresas brasileiras ou com atuação no Brasil como Cargill, Della Coletta Bioenergia, Guarani Asucar, LDC Bioenergia e quatro usinas que fazem parte da associação Copersucar se registraram na semana passada junto a EPA como produtores avançados de combustíveis renováveis.
Etanol do Brasil tem ainda uma tarifa de importação no mercado americano. Contudo esta tarifa foi concebida originalmente como uma compensação para o crédito fiscal de etanol -, assegurando assim que os dólares dos contribuintes dos EUA não estavessem subsidiando a produção de etanol brasileiro.
Com o crédito fiscal de etanol americano está em real perigo de ter um corte substancial com a grande derrota do governo Obama nas eleições de 2 de novembro passado, isto deverá criar pressão para reduzir a tarifa do etanol brasileiro.
Isso pode abrir o caminho definitivo para a entrada do etanol brasileiro em grande escala para abastecer o crescente volume de biocombustível demandado e mandatório do mercado americano.
Biodiesel Faz Parte também destes Volumes Mandatórios
O biodiesel faz parte também destes volumes mandatórios.Esta é uma oportunidade imensa para o Brasil avançar na conquista do mercado de exportação do biodiesel tanto quanto avançou no etanol.
Falando nisso, não foi por pura coincidência que a longígua Cingapura inaugurou na semana passada a maior refinária do Mundo de Biodiesel (vamos falar sobre isto em outro post).
Na realidade com os valores mandatários atuais americanos, não existe etanol e biodiesel em excesso no Brasil, nos EUA, ou em qualquer outro lugar do mundo para atender os volumes mandatórios estabelecidos pelo Congresso americano nos próximos anos.
Esta é a hora de fomentar e estimular de forma sustentável a produção de biocombustívies, como o aquícola, no Brasil e em outros países tropicais com potencial agro-aqui-energético e sairem à frente tornado-se na prática a Arábia Saudita dos combustívies renováveis, como o Brasil já está sendo chamado.
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