Importações de Pescados – Como mostramos em post passado, o Brasil, com este imenso potencial aquícola (Por que o Brasil não é uma Potencia Mundial em Aquicultura?, AquaBioPonics: Instrumentos no Combate a Fome, Desnutrição e Pobreza), importou em pescados em 2011 o absurdo de USD $1,252 Bilhões de dólares – aumento de 25,09 por cento em relação ao mesmo período de 2010, segundo dados da SECEX/MDIC e Aliceweb.
Este é um resultado humilhante para o Brasil, país reconhecido em todo mundo como tendo um dos maiores, senão o maior potencial aquícola do mundo. A nação brasileira tem tudo para ser em cultivo de pescados a potencia e líder que é na produção de grãos. Este quadro, fruto de acordos comerciais que sufocam o setor pesqueiro nacional, precisa ser revertido.
Importações de Pescados – Começamos 2012 Importando Quase 10 Vezes mais do que Exportamos!!!
Estamos em 2012 e a saga crescente continua nas importações de pescados pelo Brasil. Este ano já no primeiro mês quebramos todos os recordes anteriores para Janeiro das importações de pescados.
O Brasil importou em pescados o nunca antes pensado valor para Janeiro num montante de US $117.924.317 (Cento e dezessete milhões, novecentos e vinte quatro mil e 317 dólares) representando um aumento de 25,17 porcento comparado com os valores do mesmo mês de 2011 segundos dados da SECEX/MDIC e Aliceweb.
Enquanto isto as exportações em janeiro de 2012 só atingirem o baixo valor de US $12,5 milhões de dólares. O que mostra que o Brasil importou já quase 1000 % ou 10 vezes mais do que exportou no primeiro mês de 2012. Isto mostra a situação muito além de calamitosa que o Brasil se encontra com relação a balancá comercial de pescados.
Como temos sempre mostrado aqui, o Brasil tem tudo para ser a curto prazo uma potencia aquícola mundial. Mostramos o exemplo do Vietnã que em pouco mais de vinte anos desenvolveu a aquicultura do Pangasius e hoje exporta quase US $ 2 bilhões anualmente somente desta espécie, inclusive, pasmem, para o Brasil.
O Chile é outro exemplo, como a aquicultura pode ser um instrumento critico na geração de empregos, prosperidade e desenvolvimento sustentável, principalmente para os pequenos produtores.
É hora de se fazer alguma coisa para reverter este quando denegridor da capacidade brasileira de ser uma potencia mundial aquícola. Não podemos continuar nesta situação.
- Como é notório e proclamado mundos afora, o Brasil, agora a sexta economia do mundo, tem 10 milhões de hectares de lâmina d’água em reservatórios de usinas hidrelétricas e propriedades particulares no seu interior, e detém 13,7% do total da reserva de água doce disponível no mundo, além do potencial das grandes bacias hidrográficas para produção aquícola. O Brasil tem 8,5 mil km de costa marítima, com uma Zona Econômica Exclusiva de 4 milhões de quilômetros quadrados, o que significa metade do território brasileiro.
- O que todos nós estamos perguntando é o que leva um país com um dos maiores potenciais aquícolas do planeta, chegar a esta embaraçosa situação em importações de pescados?
- O Brasil com esta imensidade de recursos aquícola não pode continuar importando bilhões de dólares anualmente de pescado simplesmente para satisfazer acordos comerciais em completo detrimento dos setores aquícolas e pesqueiros nacionais.
Não dar para conceber que ao invés disto, o Brasil continua criando milhares de empregos e promovendo prosperidade não no solo nacional, mas em outros países como o Chile, Noruega, China e até do longínquo e fechado Vietnã.
Nossos imensos recursos hídricos, humanos e tecnológicos mostram claramente que Deus dotou e capacitou o Brasil de tudo que a nação e seus líderes precisam para ser uma potencia mundial em aquicultura. Deus dota e capacita. Contudo, é fundamental que os capacitados usem e não enterrem seus talentos, como na parábola Bíblica.
A realidade é que se continuarmos com esta tendencia constatada já no primeiro mês de janeiro, podemos terminar 2012 atingindo uma marca inacreditável de mais de US $ 1,55 bilhões de dólares em importações de pescados. Será este o destino da pesca e aquicultura brasileiras em 2012?
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