BioQuerosene – Foi publicado esta semana em jornais americanos que uma empresa da Califórnia ligada a Airbus SAS anunciou que vai plantar 30 mil hectares de pinhão manso no Brasil para produzir bio-querosene de aviação a preços competitivos e até abaixo dos atuais combustíveis de aviação tradicionais usados nas aeronaves comerciais.
Segundo foi noticiado, a empresa que tem também o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento vai produzir óleo de jatropha (pinhão manso) não refinado a um preço de venda ao redor de US $ 75-80 dólares o barril.
O preço atual do JP-8 querosene de aviação refinado e pronto para ser usado está em torno de US $ 120-126 dólares o barril no porto de Nova York para abastecer o mercado americano.
Como temos mostrado em nosso site em vários artigos anteriores, os altos preços do óleo fóssil e a tendencia de muitos países para reduzir emissões de gases estufa estão pressionando companhias aéreas em todo mundo a experimentar biocombustíveis aquícolas e de plantas terrestres como alternativa para combustíveis vindo do petróleo.
Bioquerosene de Aviação – Empresas Já Usam Regularmente
Biojetfuels, Bioquerosene de Aviação ou Bio-SPK refinados a partir de óleo de Pinhão-manso, Camelina e Gorduras animal é o que a Lufthansa Airlines está usando em quatro voos diários entre Hamburgo e Frankfurt desde julho deste ano.
Apesar de outras empresas aéreas, como a Virgin Atlantic, Continental, TAM, Japan Airlines, New Zealand Airlines e Royal KLM Ductch Airlines terem feitos voos testes usando misturas de biocombustíveis, a Lufthansa é primeira companhia aérea de passageiros a utilizar Biojetfuels ou Bioquerosene de Aviação para operações regulares de voo diário.
Em agosto passado, a empresa aérea Aeromexico fez o primeiro voo transcontinental de passageiros usando bioquerosene (Bio-SPK), aprovado recentemente pela ASTM International e produzido pela Honeywell.
O voo da Aeroméxico AM 001, partiu da Cidade do México para Madrid na Espanha. O jato foi um Boeing 777 transportando 277 passageiros. Este voo inaugural usou uma mistura de querosene de aviação tradicional e Bioquerosene feito de Pinhão manso (jatropha) produzido localmente.
O nosso bem conhecido pinhão manso, depois de passar por um período de quase descrédito, está surgindo e considerado cada vez mais, juntamente com a camelina, como reais opções para produção de bioquerosene de aviação.
As recentes pesquisas desenvolvendo sementes de alta qualidade de pinhão manso, segundo afirmam as empresas produtoras, podem proporcionar alta produtividade e fazer cair os preços do barril de óleo nos próximos 10 anos.
Contudo, mesmo com as produtividade atuais a produção de bioquerosene a partir de óleo de jatropha já pode competir passo-a-passo com os preços do petróleo fóssil a US 112 dólares o barril, segundo afirmam os promotores de pinhão manso.
A empresa americana vai desenvolver suas plantações no centro-oeste do Brasil associada com empresas brasileiras, de acordo com o comunicado. As sementes produzidas serão esmagadas em 45 milhões de litros (11,9 milhões de galões) de óleo assim que as plantações atingirem a maturidade em 2015. O óleo será refinado em indústrias no estado de São Paulo, afirmou a empresa.
Este projeto no Brasil será somente o inicial. Nos próximos meses outros projetos semelhantes em diferentes países serão divulgados.
Outras empresas envolvidas no projeto incluem a companhia aérea brasileira TAM que vai adquirir parte do combustível, e no Reino Unido a companhia de british Petroleum BP, segundo comunicado da empresa.
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