Foi anunciado esta semana que as exportações de Pangasius do Vietnã já atingiram este ano 1,25 bilhões de dólares de janeiro a setembro de 2010. Isto representa uma aumento de 11,25 por cento com relação ao ano anterior.
Isto é, apesar das dificuldades, críticas e companhas internacionais sobre o cultivo do Panga, o bagre asiático continua mostrando para o mundo o que a aquicultura pode fazer por um país, estado e/ou região deste planeta.
Por outro lado os exportadores asiáticos estão criticando duramente o membro do Parlamento Europeu, Struan Stevenson da Escócia, que como mostramos em posts passados, alegou que o peixe pangasius ou tra é cultivada em condições “imundas” em viveiros e rios poluídos.
Os exportadores estão convidando o Deputado Europeu para visitar as fazendas às margens do rio Mekong e ver os viveiros de cultivo por si próprio.
Em um discurso no Parlamento Europeu recentemente, Stevenson disse que o rio onde os peixes são criados é um dos rios mais poluídos do mundo e que as fábricas em suas margens derramam diáriamente milhares de toneladas de poluentes nas águas lentas do Mekong
Em seu discurso, o deputado afirmou também que as importações do peixe barato estavam destruindo os aquicultores europeus e permitindo que as empresas multinacionais praticassem “trabalho escravo” virtual no Vietnã.
Dirigentes da Associação dos Exportadores de Pescado e Processadores vietnamita re-atacaram afirmando que a indútria do Pangasius aplica rigorosos padrões mundiais de qualidade nos produtos exportados pelo seu país e que seguem altos padrões exigidos pelos mercados internacionais.
Segundo eles, a maioria das unidades de transformação da indústria, não só atende as normas do HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points) , mas também atendem ou excedem outras normas voluntárias, como as estabelecidos pelo British Retail Consortium, o Departamento de Comércio dos EUA, e SQF 1000.
Segundo os exportadores quando o parlamentar verificar pessoalmente e com seus próprios olhos como os produtos do Panga são cultivados, colhidos e processados, ele vai mudar sua opinião da indústria do Pangasius vietnamita. Os exportadores representam quase US $ 4 bilhões em exportações de peixe e marisco por ano.
Os exportadores afirmaram que as empresas vietnamitas estão trabalhando duro para crescer e inovar em face do aumento dos custos de alimentos e outras matérias-primas, o que demonstra o compromisso do país para se tornar um produtor global da proteína que o mundo tanto necessita.
Em outras palavras, a indústria to Panga cada vez se consolida no cenário mundial de pescados. Países com grande potencial para aquicultura, como o Brasil, poderiam estar no top da produção de proteína aquícola trazendo renda, empregos e prosperidade para boa parte de sua população rural.
A aquicultura planejada e integrada representa um instrumento vital para promover o desenvolvimento sustentável ecologicamente correto e segurança alimentar de regiões carentes das nossas nações.
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