Pangasius: Empresas Importadoras Européias Correm em Defesa do Bagre Asiático

Processadora de Pangasius Operando (clique para ampliar)

Empresas importadoras e distribuidoras de pescado da União Européia correram apressadamente contra o prejuízo em defesa do Pangasius.

A intenção é apagar o incêndio e efeitos negativos que o discurso do Deputado Steveson feito na semana passada no Parlamento Europeu pode ter no consumo do bagre asiático junto à população do velho mundo.

Vários executivos e representantes dos importadores voltam a afirmar que compartilham com as preocupações do deputado Steveson que o rápido crescimento da aquicultura nos países em desenvolvimento exige uma gestão adequada.

Mas a coisa não está fácil… As grandes marcas importadores e os retalhistas em todo o Reino Unido, da UE e até Escandinávia afirmam que estão tomando muito cuidado para garantir que seus produtos vindos da aquicultura sejam cultivados de forma responsável.

Segundos os porta-vozes das empresas, Pangasius (também conhecido como tra e basa) são importados de produtores de confiança sendo um produto de alta qualidade, produzidos em conformidade com normas internacionalmente reconhecidas.

As empresas afirmam que têm envidado muito tempo e esforço para desenvolver e implementar códigos de conduta rigorosos para produção e processamento do peixe Panga.

Eles acrescentam que seus fornecedores vietnamitas têm e aplicam BRC, IFS e GlobalGap, ISO9001: 2000 e ISO14001: Certificação 2004. Além disto todos tiveram uma participação ativa nos padrões de cultivo sustentável do Pangasius elaborados pela WWF que você pode ter acesso solicitando nos comments.

Isto indica, segundo eles, um compromisso total com a GMP, GAP e gestão ambiental responsável. Na verdade várias processadoras já estão perto de ser as primeiras a conseguir a certificação para pangasius ASC.

As empresas dizem que em termos de responsabilidade social, estão também sendo bastante rigorosas sobre as normas de trabalho junto aos fornecedores para garantir boas condições de práticas e trabalho.

No entanto, eles adicionam que têm um longo caminho a percorrer reconhecendo que têm feito tudo que podem para incentivar as melhores práticas em toda a indústria do Pangasius, não apenas junto dos fornecedores diretos.

Relativo à questão de poluição, o delta do rio Mekong não é o desastre ambiental segundo o Deputado do Parlamento Europeu Stevenson afirmou, embora, é claro, existe um trabalho a ser feito relativo a uma gestão sustentável., acrescentam os importadores.

Os importadores afirmam também que todos devem estar confiantes que o Pangasius produzido no Mekong é um produto seguro, de alta qualidade que é ideal para as necessidades do mercado europeu.

Com relação a aquicultura local, eles dizem que apóiam fortemente o desenvolvimento de um setor aquícola da UE e, na verdade, eles dizem que são os maiores compradores mundiais de salmão escocês.

Contudo eles contrabalançam que seria também esperar que os políticos europeus reconhecessam a natureza global da oferta de frutos do mar como força para incentivar a competitividade do setor da aquicultura da UE, centrando-se nas necessidades e exigências dos consumidores baseadas nas leis de mercado de qualidade e preço.

Na realidade os importadores europeus querem mostrar que devemos reconhecer que a aquicultura de espécies mais recentes, como pangasius e tilápia, oferecem uma abundante oferta de proteína de boa qualidade nutritiva.

Eles dizem que o abastecimento de peixe cultivado vai ser cada vez mais importante em longo prazo, pois oferecem uma alternativa sustentável muito importante e necessária para compensar o suprimento cada vez mais limitado das espécies marinhas selvagens capturadas.

Se a indústria de pescado quer continuar a crescer, não podem simplesmente continuar a depender dos peixes de origem oceânica com volumes de captura estabilizados ou decrescentes.

Os distribuidores concluem que embora vão continuar sendo um grande comprador dos peixes capturados e cultivados no Reino Unido, eles sabem que isto não é suficiente para abastecer o mercado e têm de explorar opções e novas oportunidades para satisfazer o sempre crescente consumo de pescado europeu.

Sendo assim, aquicultura de espécies como pangasius e tilápia, e ai temos oportunidades de ouro para países como o Brasil, permanece fundamentalmente importante para a segurança futura do abastecimento de peixe,

Aquicultura em todos seus níveis tem um papel vital a desempenhar no suprimento atual e futuro das necessidades alimentares mundiais, bem como reforçar as economias de países como Brasil, com potencial aquícola imenso.

Esperamos que as nossas lideranças reconheçam e dêem a prioridade e estímulos necessários para que possamos ser potencias e supridores do mercado local e ainda temos espaco para atingir o maior mercado mundial de pescado que é a União Européia que movimenta anualmente mais de US $26 Bilhões de dólares.

Temos tudo para ser tornar isto uma realidade em curto prazo.

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