Mostramos mais uma vez o que uma aquicultura estimulada e fomentada pode fazer por uma região e mesmo por uma inteira nação, a saga do pangasius continua avançando, agora entrando e conquistando com força total o mercado mexicano.
Países como o Brasil com um potencial aquícola imenso poderiam estar entre os primeiros em todo o mundo no cultivo de pescados. Esperamos que os dados apresentados nestes posts sobre a indústria do Panga possam persuadir e abriri os olhos dos nosso líderes para verem como a aquicultura pode ser um instrumento estratégico para gerar empregos, rendas e prosperidade para toda a nação.
México é a Segunda Maior Economia da América Latina
México é a segunda maior economia da América Latina com um PIB anual de US $1.143 bilhões de dólares e uma população atual de 111,3 milhões de habitantes.
Mexico sempre foi considerado um grande mercado potencial para pescado exportado por muitos países, incluindo Japão, Canadá, China, Coreia do Sul, Alemanha, França a agora o Vietnã..
Segundo dados da Associação dos Exportadores de Pescados Vietnamita e mostrando a pujança do Panga, o México é hoje um grande mercado importador do bagre asiático. Até o final de junho de 2010, o México foi o quinto maior importador de pangasius em todo o mundo, vindo logo após dos EUA, Espanha, Alemanha e Países Baixos.
México importa peixes e marisco de cerca de 89 países e sua participação no mercado mundial tem aumentado a cada ano desde 2003. Em 2008, o país importou US $ 567 milhões em pescados, um aumento de 10,7 por cento comparado com 2007.
Os principais fornecedores foram: China 21,5 por cento, os USA 16,4 por cento, 11,1 por cento do Vietnã, Chile 8,1 por cento e 7,2 por cento da Tailândia. Os principais tipos de pescados importados pelo México inclui filés congelados de truta, salmão, pescada, pangasius, e outros, além de elaborados e congelados de atum e camarão.
O consumo de pescado no México atinge uma média de 18 quilos per capita/ano, mais de duas vezes a brasileira, contudo ainda é muito inferior quando comparado com o consumo per capita de carne que é 48 quilos entre os mexicanos.
O mercado mexicano de peixes e frutos do mar atinge o consumidor final através de atacadistas, supermercados e em peixarias tradicionais que oferecem produtos frescos, salgados e congelados..
As importações são controladas por grandes importadores (que muitas vezes funcionam como distribuidores), distribuidores e atacadistas. Importação direta pelas peixarias em si são incomuns. Alguns grandes supermercados importam diretamente.
Pescados são consumidos por praticamente todos as camadas e setores da população mexicana, embora os habitantes rurais consomem menos peixe e marisco do que os habitantes urbanos.
O maior mercado atacadista de frutos do mar na cidade do México é a Abastos Central de Alimentos, Pescados Y Mariscos, La Nueva que é composto por centenas de distribuidores que compram e distribuiem peixes e frutos do mar abastecendo principalmente as regiões central e sul do México, embora às vezes os produtos também são enviados para regiões do norte do México.
Segundo a Sociedade Nacional de Distribuidores de Pescados mexicana, a distribuição de peixes e frutos do mar no México não está mais concentrada na Cidade do México. Atualmente, Guadalajara e Tijuana estão desempenhando um papel importante na distribuição de peixes e frutos do mar em toda as partes do centro e norte do país.
Agressividade dos Exportadores do Panga no Mercado Mexicano
A agressividade dos exportadores do Panga fez com o que o México em 2009, enquanto a maioria dos principais exportadores de produtos do mar vietnamitas tiveram redução, as exportações para o México ainda manteveram um crescimento impressionante, com mais de 31.390 toneladas, no valor de US $73,45 milhões de dólares.
Em outras palavras, a presença do Panga no México teve um aumento de 26 por cento em volume e 7,6 por cento no valor comparados com 2008 tornando-se o quarto maior importador, responsável por 5,4 por cento do valor total das exportações do Vietnã de Pangasius.
Se o Brasil Fomentasse e Tivesse uma Sólida Indústria Aquícola
Se o Brasil, usando modelos comprovados e vitoriosos existente na nação, tivesse uma indústria aquícola forte suprindo o mercado local e com espaço para exportações, o México seria com certeza um mercado para ser atingido. A maneira mais eficaz de promover pescados no mercado do México é através dos principais importadores / distribuidores que trabalham com os hotéis, restaurantes e supermercados.
Os produtos devem ser apresentados aos potenciais compradores, que inicialmente preferem experimentar os produtos antes de negociar a compra. A presença visível no mercado é essencial para estabelecer a credibilidade com os distribuidores e consumidores. Portanto, o marketing é extremamente importante.
Um fator muito importante é que não existem barreiras de importação de pescados vendidos no México. O clima geral de importação no México é favorável desde o México entrou no GATT (agora OMC) em 1986.
Pescados importados apelam principalmente para os mexicanos mais ricos que constituem o top 20 por cento da população. Esses consumidores residem quase exclusivamente nas grandes cidades. Famílias de média e alta renda são responsáveis por quase 30 por cento da população da Cidade do México, Guadalajara e Monterrey.
Essas três cidades contam com um terço de todos os mexicanos nestes grupos de renda, criando um mercado de cerca de oito milhões de pessoas que têm poder de comprar para consumir pescados de ponta e produtos do mar. Outras cidades relativamente ricas com uma população de um milhão ou mais incluem Toluca, Puebla, León, e Torreón.
Os fatores importantes que afetam os produtos importados são os custos de importação diretamente afetados pelos custos de transporte, tempo de entrega, crédito e financiamento, conhecimento do produto, atendimento ao cliente e suporte técnico. O financiamento é um fator chave na decisão de compra.
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