Seguindo um modelo verticalizado-integrado similar ao que desenvolvemos no Polo de Aquicultura de Paulo afonso, Jatobá, Itaparica e Itacuruba no Vale do São Francisco (Genética de alto nivel, laboratórios de alevinos, pequenos produtores em associações, centro de treinamento, fábrica de ração e processadora garantindo a compra da produção), A China está implantando mais um parque ou distrito-aquícola de 3.300 acres (mil e trezentos hectares) para produção massiva de Tilápia.
O parque-distrito aquícola Qingqi, está localizado em Shanshui, na província de Guangdong. O governo vai investir US $ 22,1 milhões de dolares para criar uma base produtiva de tilápia.
O distrito constará de viveiros para de cultivo, sistema de distribuição de águas, estradas e glebas prontas para produção. As parcelas serão arrendadas para os piscicultores produzirem tilapia e outras espécies.
Umas grande empresa chinesa produtora de tilápia obteve a licença para operar e gerenciar exclusivamente por 30 anos o parque-distrito aquícola. Esta empresa âncora irá suprir os agricultores com alevinos, ração, medicamentos e treinamento.
A empresa gerenciadora vai garantir a compra da produção e distribuir o peixe através da sua extensa rede de distribuição. Ela também terá direito a receber subsídios especiais e tratamento preferencial do governo local.
Pioneiros do Conceito de Distritos Aquícolas no Brasil
A ideia de implantação de parques-distritos aquícolas similares aos distritos de irrigação não é um conceito novo. No Brasil além de muitos outros desbravadores, os pioneiros da aquicultura comercial nacional, Elias Alves Cordeiro e Odilon Juvino de Araujo são alguns dos visionários que contribuiram muito para promover este conceito.
Os Eng. de Pesca Elias e Odilon, como todos pioneiros com visão bem à frente, enfrentaram todo tipo de descrédito, sarcasmo e até isolamento nas suas atividades, mas nunca deixaram de promover este modelo.
Hoje o Brasil poderia estar bem á frente na indústria aquícola mundial se aplicasse os modelos de sucesso de piscicultura integrada que estes pioneiros e outros tanto defenderam.
Por exemplo o modelo de associações de piscicultores do Pe. Antonio Miglio e Ivone Lisboa poderia ser multiplicado não somente no Vale do São Francisco mas em vários outros locais trazendo vida decente e prosperidade para muitos.
O que não compreendemos, nem entendemos é que enquanto vemos a aquicultura explodindo e tendo vertiginoso crescimento em muitas partes do mundo, o Brasil com todo este vasto potencial continua sentado vendo a banda passar.
Como temos resaltado neste site, o Brasil tem todas as condições para se tornar em curto prazo uma potencia mundial e faturar bilhões de dólares na aquicultura (veja o post: Porque o Brasil ainda não é uma potencia mundial em Aquacultura?).
O Brasil, a oitava economia do mundo, tem 10 milhões de hectares de lâmina d’água em reservatórios de usinas hidrelétricas e propriedades particulares no seu interior, e detém 13,7% do total da reserva de água doce disponível no mundo, além do potencial das grandes bacias hidrográficas para produção aquícola. O Brasil tem 8,5 mil km de costa marítima, com uma Zona Econômica Exclusiva de 4 milhões de quilômetros quadrados, o que significa metade do território brasileiro.
Ao contrário do Brasil, a China e boa parte da Ásia mostram hoje uma pujança e presença global imensa na aquicultura. A indústria asiática do Pangasius com menos de 20 anos de existência fatura bilhões de dólares anualmente e emprega milhares de pessoas.
Até quando com todo este potencial aquático-aquícola, o Brasil vai continuar importando peixes do Chile, Noruega, China e até do longínquo Vietnã distante 17.180,00 km (dezessete mil e cento e oitenta kilometros) para suprir a demanda de pescado do país. Não dar para entender mesmo!!! Alguem tem alguma explicação?
Mais informações sobre Aquicultura:
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