A anúncio chega como um furacão: segundo relatório liberado pelo US Instituto Nacional de Pesca o bagre de carne branca Pangasius (Pangasius hypophthalmus) já está entre os 10 mais consumidos pescados (seafood) nos Estados Unidos. Estas 10 espécies representam 88% de todos os pescados consumidos nos nação Norte-Americana.
A lista vem na seguinte ordem: 1-camarão, 2-atum enlatado, 3-salmão, 4-pollock, 5-tilápia, 6-channel catfish, 7-caranguejo, 8-bacalhau, 9-moluscose e o novato 10-pangasius. O consumo percapita de pescados na terra do tio Sam é de 7.16 kg por habitante.
O crescimento supreendente, vertiginoso e em tão pouco tempo do consumo do Pangasius, nunca antes alcançado por outro seafood cultivado, está tomando o mercado norte-americano como uma tempestade, como dizem por aqui.
Isto mosta e confirma que o Panga chegou , viu, venceu e abafou no mercado estadunidense e mundial.
Restaurantes e casas de comidas rápidas estão entre os estabelecimentos que mais têm incrementado o consumo deste bagre asiático. Vendas diretas de inteiro eviscerado e filé de panga congelados nos Supemercados estão também em alta.
O reflexo está também junto aos produtores de sistemas fechados de recirculação que estão esperimentando o cultivo de Pangasius. As autorizações poderiam ser dadas dentro de estritas normas de segurança, embora esta espécie já esteja a muito no mercado de ornamentais em aquários.
Sendo assim ao invês de criar barreiras protecionistas, países como as Filipinas estão hoje implementando programas de fomento do cultivo do Pangasius em áreas selecionadas do seu território.
Estudo de impacto ambiental realizado neste país mostrou que entre outros fatores, esta espëcie nunca desovou naturalmente em áreas fora do rio Mekong no sudeste asiático. E como tal não representava ameaça, segundo o estudo filipino, para seu meu ambiente.
Diante de todos estes avanços, não dar para ignorar a forte presença no mercado mundial do Pangasius, hoje dominada quase que 99% pelo produção do Vietnã que fatura bilhões de dólares com a importação deste bagre. Proibir importacões baseados em denúncia do uso de antibióticos proibidos como tentaram os lobistas do catfish americano, não funcionou por aqui.
No top disto, hoje temos a publicação das Normas e Padrões de Aquicultura Responsável do Pangasius pelo World Wildlife Fund que criam bases sustentáveis e confiáveis para o cultivo desta espécie em qualquer parte do mundo.
A questão básica é o que fazer. Proibir com alegações sanitárias fechando as portas para toda e qualquer possibilidade de pelo menos verificarmos as possibilidades e deixando o mercado ser 100% dominado pelas importações quando permitidas.
Ou permitir que sobre claras normas de proteção ambiental em sistemas fechados de recirculação como os AquaBioPonics e Aquafuelsponics possamos fazer testes experimentais dando aos produtores privados a chance de entrar neste bilionário mercado local e mundial do Pangasius.
Que decisão faz mais sentido?
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