Nosso tão conhecido Pinhão-manso ou tecnicamente classificado como Jatropha curcas continua chamando atenção de países, grandes companhias aéreas e investidores em muitas partes do mundo.
Embora muitas questões sobre sua viabilidade em larga escala ainda estejam sem respostas, seu cultivo estar expandindo, principalmente nos países Africanos.
A planta tem rápido crescimento e produz sementes com um teor de óleo variando de 20 a 37 por cento.
Quando for definitivamente comprovada sua viabilidade comercial, Jatropha pode ser que tenha o potencial de dar uma grande contribuição à indústria de bio-combustíveis mundial.
Segundo as palavras dos defensores desta planta, isto poderia criar empregos e prosperidas para países Africanos pobres como Moçambique, Tanzania, Angola, Kenia, Sudão, Uganda e Nordeste do Brasil atraindo uma nova era de investimentos econômicos. Contudo há um longo caminho para chegar lá.
A Demanda por Energia Renovável-Sustentável
A demanda por energia renovável-sustentável é cada vez mais intensa. A partir do próximo ano, legislação já em vigor na União Europeia vai exigir que todos os combustíveis de transporte contenham 10 por cento de biocombustíveis nas suas composições e misturas.
Na semana passada, China rei-firmou seu mandato para que 15 por cento dos seus motores diesel e a gasolina sejam alimentados com fontes renováveis até 2020. Isto vai criar uma imensa demanda mundial por biocombustíveis além da que já temos atualmente.
As culturas energéticas tradicionais hoje existentes que competem com produção de alimentos, como milho e soja, sementes de girassol, não tem a mínima condição de atender a essas metas. Jatropha e Algas – Biocombustíveis Aquícola – poderiam ser as respostas quando provarem suas viabilidades.
Considerando todos os riscos e desafios a serem vencidos, isto representa uma grande oportunidade de investimento, emprego e desenvolvimento para os países africanos, como Moçambique e Angola, como tambëm para o Nordeste do Brasil.
Eles têm a capacidade de se tornar os principais fornecedores para este sector em rápida crescimento. Uma empresa Inglesa ja plantou quase 10 mil hectares de Jotrapha em Moçambique e deve investir o mesmo na Tanzânia.
No caso de Moçambique, o Pinhão-manso está substituindo as plantações de fumo (tabaco) não competindo até agora com cultivos alimentares.
Que tal fazer isto mesmo em caracter experimental e piloto em estados como Alagoas, Brasil, na micro-região de Arapiraca conhecida no passado como a terra do fumo. Hoje as empresas fumageiras estão fechadas e muita gente desempregadas.
Substituicões como estas, podem criar milhares de empregos, trazendo projetos sociais e melhorarando a vida da população pobre rural. Em outras palavras, onde antes era cultivado destruição, agora pode cultivar a energia limpa. ”
Jatropha foi trazida para a África no século 19 e hoje cresce naturalmente em todo o continente. Ela teoricamente exige menos água do que outras culturas oleaginosas. O teor de óleo nas sementes é conhecido na África desde tempos coloniais.
Nos séculos passados, os colonos portugueses em Moçambique já utilizavam seu óleo em lâmpadas de rua. A questão agora é fazer a sua produção comercialmente viável.
Os desafios maiores são: a grande variação dos rendimentos entre plantas da mesma idade; o florescimento ocorre em diferentes tempos na mesma planta; e a difícil colheita mecânica.
Cada planta de pinhão-manso pode ser que produza, em média, cerca de 3 kg de sementes por ano, o que se traduz aproximadamente em sete toneladas por hectare. Isso resultaria em duas a três toneladas de óleo. Com a aplicação de técnicas de seleção , mecanização da colheita, adubos modernos, controles de pragas e assim por diante, seria de esperar um aumento significativo no rendimento de Jatropha .
Desde modo, vencendo estes desafios, Jatropha como algas poderiam ser grandes alternativas para produção de bioJetFuel. As companhias aéreas internacionais são definidas para aderir as novas normas de emissões em 2012 e terão que pagar grandes penalidades por poluição do ar.
Praticamente, todas as grandes companhias de aviação estão procurando intensamente alternativas para aumentar o componente renovável – verde – no querosene de aviação.
Por exemplo, a alemã Lufthansa vai tornar-se brevemente a primeira companhia aérea a operar um vôo diário entre Hamburgo e Frankfurt usando uma mistura de 50 por cento de biojetfuels e 50 por cento de combustível fóssil.
Algumas características da cultura da proclamada pelos defensores da Jatropha:
• Jatropha produz sementes que tem um teor de óleo de até 37 por cento.
• A planta cresce em climas tropicais e subtropicais e em solos pobres.
• A Jatropha pode viver até 50 anos e é capaz de produzir sementes no seu segundo ano de crescimento.
• Defensores da Jatropha afirmam que a planta é capaz de produzir até quatro vezes mais combustível por hectare do que a soja e cerca de dez vezes mais do que milho.
• O Pinhão-Manso é nativo da América Central e foi trazido para a Europa pelos exploradores Portuguêses durante o século 16.
• Air New Zealand, Continental Airlines e Japan Air têm concluídos voos de ensaio, utilizando uma mistura 50-50 de óleo de jatrofa e combustível de aviação em suas aeronaves.
• A Índia e China supostamente lideram o uso de óleo combustível a partir da jatropha. Ambos países tem programas para milhões de hectares de plantações para cultivar Pinhão-Manso. Mas a maioria destes projetos ainda estão só no papel.
No entanto nem tudo é azul e bonito nas projetos de Jatropha. Alguns grandes insucessos são registrados na África. Na Namíbia, por exemplo, país sujeito a leve geadas, alguns plantações de Pinhão-Manso foram abondonadas.
Outra grande interrogação na viabilidade da Jatropha é o desconhecimento dos tratos culturais, resisitencia a doenças e pestes, e a baixa produtividade em solos pobres e resistência a seca.
O Brasil ainda insiste na Mamoma. Sendo que o óleo da Momona é super valioso e o produtor faz muito mais dinheiro vendendo para outras fontes não combustíveis.
Apesar de todos os desafios a serem vencidos, vale a pena pesquisar e estudar esta planta. A história nos mostra que muito das culturas que temos hoje, passaram por esta mesma fase atual da Jatropha. Só o futuro mostrará o que vai acontecer com quem a despeito do tudo isto, está investindo fundo no Pinhão-Manso. Desperdício de recursos ou um excelente alternativa para a Indústria Mundial de Bio-Combustíveis?
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