A Saga do Panga Continua – Agora É a Vez dos Germanos
Dados divulgados na Alemanha pelo Hamburg Fish Information Centre (Fisch-Informationszentrum -FIZ) mostram que o bagre de carne branca Pangasius, “A Nova Estrela da Aquicultura Mundial”, conquistou a posição de quinto pescado mais consumido junto aos alemães seguido pelo pollock do Alaska, Herring, salmão e atum.
Como aconteceu nos Estados Unidos, o vencedor Pangasius vem assombrando o mundo dos frutos do mar tomando mercado por mercado com uma força sem precendentes na história da aquicultura mundial e mostrando “O Que Ele Tem de Tão Especial”.
Nos primeiros seis meses deste ano o volume de exportações do Pangasius somente do Vietnã atingiu mais de US $ 650 milhões de dólares e deve chegar aos US $ 1,4 bilhões até o final do ano.
Consumo per capita de Pescados na Alemanha
O consumo per capita de frutos do mar alemão aumentou 0,2 kg no ano passado, chegando a 15,7 kg por habitante, após o congelamento em 15,5 kg desde 2006, segundo dados liberados pelo FIZ.
É estimado que o consumo de pescado per capita deva atingir 17,5 kg em 2014, afirmou o FIZ, que é uma organização que representa vários segmentos da indústria alemã de frutos do mar incluindo grossistas, processadores, distribuidores e pescadores.
FIZ atribuiu o crescimento do consumo de pescados junto os alemães a uma dieta cada vez mais saudável e equilibrada entre a população e um número crescente de produtos que mostram informações sobre o método de captura e do país de origem, que os consumidores exigem na hora da compra.
Detalhando, o pollock do Alasca foi na Alemanha o pescado mais popular no ano passado, representando 20,1 por cento, herring foi No. 2 com 18,6 por cento, seguido pelo salmão com 12,8 por cento e o atum com 9,6 por cento do consumo total.
Pangasius: A Estrela da Aquicultura Mundial
Contudo a grande supresa foi a atual estrela da aquicultura mundial, o bagre ou peixe Pangasius. Para admiração geral, o Panga emplacou com 6,5 por cento do consumo total de frutos do mar hoje na Alemanha, sendo o quinto pescado mais popular e mais do que duplicando a sua participação de mercado nos últimos dois anos.
Como anunciamos no MyBeloJardim, o Pangasius também tem experimentado um crescimento espantosao nos Estados Unidos, onde no início desta semana, fez sua estréia no país, na lista dos 10 pescados mais consumidos junto aos americanos.
Em termos de tipo de produtos, o mercado alemão consume 34 por cento em forma de congelados, seguido de conservas. enlatados e peixe ao môlho com 26 por cento, crustáceos e moluscos com 15 por cento, peixe fresco com 9 por cento, peixe defumado com 8 por cento, 6 por cento em outras formas e especialidades (delicatessen) vêm com 2 por cento.
Dados como estes do Pangasius agora na Alemanha mostram o potencial que pode ter um programa agressivo de fomento de aquicultura no Brasil e outros paises com imensos recursos aquáticos disponíveis.
Peixes como o Pangasius e a Tilápia podem mudar completamente o panorama sócio-economico de regiões carentes de muitos países.
Modelos de aquicultura associativista, empresarial e industrial como o do Pe. Antonio Miglio e Ivone Lisboa no Vale do São Francisco, do Elias Alves Cordeiro no lago de Itaparica em Itacuruba-PE, do Odilon Juvino de Araujo em Queimadas-PB e do cearense Zé do Tambaqui em Alto Alegre-RR mostram como se pode ganhar dinheiro, ter sustentabilidade e trazer vida decente para toda uma população.
É tempo de promover em todos os níveis a aquicultura no Brasil, Portugal, Angola, Mozambique e dai por diante. A vitalidade comercial do Panga mostra o potencial da aquicultura no atual cenário mundial de demanda por pescados a a imensa oportunidade de países com potencial aquícola.
O Brasil, especialmente, tem tudo o que precisa para ser um potencia aquícola em curto prazo, atingir autosuficiência no consumo de pescados, faturar U$ bilhões com exportações e criar milhares de empregos para sua população.
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