Energia Solar – Conforme mostramos em nosso artigo anterior sobre a falência em dominó de empresas do setor solar alemão, recentes estudos mostram que, ironicamente, os próprios subsídios que foram destinados a impulsionar indústria de energia solar na Alemanha, podem ser os responsáveis por sua possível vertiginosa queda.
A Alemanha tem um dos maiores parques fotovoltaicos (PV) de todo mundo, com uma capacidade produtiva de quase 25 gigawatts (GW). A capacidade instalada de indústria de painéis e produtos de energia solar fotovoltaica em 2011 era cerca de 7,5 GW. O setor solar alemão produziu 18 TW · h (bilhões de quilowatts-hora) de eletricidade em 2011, cerca de 3% da eletricidade total do país
Entretanto, o aumento da demanda de eletricidade criada pela abandono drástico de outras fontes não renováveis levou a China preencher a lacuna de quase único fornecedor. Produtos solares chineses baratos ganharam o mercado por ter mão de obra super barata e controle e monopólio ferrenho das estratégicas matérias-primas (terras raras). Isto é, matéria prima mais barata produtos mais baratos em comparação com os seus homólogos alemães.
Embora ainda não seja o fim da indústria de energia solar alemã, os planos do governo para fazer mais cortes aos subsídios solares só vão prejudicar empresas menores e levarem ao mesmo caminho da Q-Cells enquanto a China encole tudo e fecha o suspiro da indústria de produtos solares alemã.
Empregos que seriam criados na Alemanha, vão diretos para o território chinês. Num período de recessão ou mesmo depressão econômica como está acontecendo atualmente na Europa, isto é mais do que desastroso para a economia germânica.
Energia Solar Alemã – Q-Cells Pedra Angular do Vale Solar da Alemanha
A falência da Q-Cells, uma das maiores fabricantes de células solares na Alemanha e do mundo anunciada esta semana, será especialmente significativa, dado que esta gigante do setor era a pedra angular em torno do qual o Vale Solar da Alemanha (algo similar ao “Silicon Valley”) foi construído em uma área anteriormente produtora de carvão mineral na Saxônia-Anhalt.
O que se pode apreender do que está acontecendo na indústria solar Alemã é que não se pode brincar de faz de conta com as leis de mercado nem dar tudo de mão beijada para a China.
O setor solar onde quer que esteja tem de ter competitividade, diminuição da imensa carga tributária e tecnologia de ponta que deem condição de competir e não viver eternamente dependendo de subsídios governamentais para existir.
Subsídios podem até suceder por um período de tempo. Mas quando uma crise ou depressão econômica acontece como a que está avassalando a Europa, os pontos têm de ser colocados nos i’s pois os tornados econômicos atingem o setor violentamente.
Energia Solar Alemã – O que Produtos Baratos da China Fazem à Indústria Nacional
Este é mais um exemplo do que os produtos baratos da China podem fazer por uma economia e indústria nacional promissora. Aumento de eficiência pela intensiva capacitação e formação profissional local, diminuição da carga tributária exorbitante, controle do crescimento do estado e cuidar seriamente da educação e saúde da população são os possíveis caminhos para ter uma indústria competitiva nacional.
A Questão é: “como está a educação profissional em número e qualidade no país?” Como está a diminuição da carga tributária sufocante na indústria? Como está a saúde da população? Como está a segurança da população? Estes são os pilares que darão condição do país competir nestes tempos globais,
O que vemos são governos abarrotados impostos arrecadados, industrias inundadas-sufocadas por pesados tributos, educação, segurança e saúde sendo o que são hoje. É é a velha estória da galinha dos ovos de ouro. Cedo ou tarde a galinha (industria e povo) vão para as cucuias no meio do brejo.
Por outro lado quando é governos vão entender que reduzindo impostos faz a indústria crescer, cria mais empregos, povo tem mais dinheiro e maior capacidade de compra e se arrecada muito mais sem sufocar a economia nacional.
Na realidade, é aquela da indústria ser sufocada por impostos sem condição de competir com os importados. Os empregos e prosperidades são criados lá, enquanto ficamos aqui dependendes e estagnados. Isto não é uma boa para ninguém neste hemisfério sul.
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