Aquabusiness-Aquicultura: Única Opção para Atender a Crescente Demanda Mundial de Pescados

Senhorita Ivone com Tilápia Cultivada na Associação de Jovens Criadores de Peixes em Tanques Rede de Jatobá Pernambuco-Brasil

Se você comeu peixe no almoço ou jantar ontem, há uma chance de 50% que você tenha consumido peixe criado em fazendas aquícolas.

Aquabusiness em forma de Aquicultura ou o cultivo de peixes e outras espécies aquáticas sob condições controladas – é o setor de maior crescimento da produção de alimentos de origem animal e agora responde por metade dos peixes consumidos no mundo.

Segundo a Organização de Alimentos e Agricultura (FAO) das Nações Unidas, a indústria de criação de peixes aumentou em média a uma taxa anual de 6,6% entre 1970 e 2008.

Isto é, a nível global, estamos produzindo e comendo mais peixe do que nunca (50% dos Peixes Consumidos no Nosso Planeta É Agora Cultivado em Fazendas Aquícolas)

Atualmente mais de cinquenta por cento dos peixes é produzido através da aquicultura. Novas espécies de peixes, como o Pangasius e Tilápia, estão sendo produzidas super intensamente em várias partes do mundo.

O Cultivo em sistema super intensivo de recirculação é responsável por 100% de toda produção local de Tilápia nos Estados Unidos e Reino Unido.

Todos que analisam a demanda de pescado mundial sabem que a aquicultura é essencial para atender o apetite cada vez mais crescente da população por alimentos saudáveis e nutritivos.

A população mundial tem um consumo médio atual de cerca de 17 kg de peixe por pessoa. Enquanto isto, o Brasil tem consumo de  somente 7 kg/habitante/ano com um agravante que no ano passado a nação importou mais de USD $1 bilhão de dólares de pescados de países tão distantes como a China e o Vietnã (2010: Brasil Importa US $1 Bilhão em Pescados – Enquanto Vietnã Exporta US $1,4 Bilhões Somente com Pangasius).

As estimativas é que este ano o Brasil vai importar US $1.2 Bilhões ou mais em Pescados, enquanto isto o Vietnã exportou somente em Pangasius   US $1.16 Bilhões de janeiro a agosto de 2011.

Isto é, até o final de agosto de 2011, as exportações de Pangasius do Vietnã atingiram US $ 1,16 Bilhões , uma alta de quase 30 por cento quando comparado com igual período de 2010.

As exportações vietnamitas de Panga para os EUA neste período chegaram a US $196 milhões de dólares – EUA é o país que mais importou o bagre asiático entre 133 países, inclusive o Brasil.

O Brasil importou de janeiro a agosto de 2011 US $45 milhões de dólares de Pangasius do Vietnã. As estimativas são que estes valores possam atingir ou passar dos  US $100 milhões de dólares até o final do ano.

Vejam bem, logo o gigante Brasil, reconhecido mundialmente como tendo um dos maiores potenciais para produção do pescado de todo o planeta,  importando bilhões  de dólares de pescado, entre eles o Pangasius,  para satisfazer sua demanda interna.

Não dar para entender porque não somos pelo menos auto suficiente em consumo de pescado como somos em petróleo e biocombustíveis (ou melhor, éramos agora vamos importar também etanol dos Estados Unidos).

Atendendo o Consumo Incremental do Crescimento da População

É claro que para atender tão somente o consumo incremental do crescimento da população e manter os 17 kg de peixe por pessoa somente a aquicultura tem condição de atender esta demanda

Não é nenhum segredo para ninguém do setor que as reservas marinhas ou estão no limite, depredadas ou estão com intensa sobrepesca. Somente a aquicultura sustentável terá condição de alimentar o apetite global para o peixe fresco:

Não acho que vamos ter um completo colapso da pesca, mas, ao mesmo tempo não podemos racionalmente esperar que a crescente demanda por produtos aquáticos possam ser satisfeita pela pesca extrativa.

Acho que aplicando medidas corretas de proteção mais tempo e chance. podemos ver pesca marítima, voltar os valores estabilizados, mais isto vai tomar algumas gerações.

Umas grande ajuda que podemos dar para aliviar a pressão nos recursos marinhos é pela diversificação dos pescados que consumimos regularmente. Em vez de ordenar espécies favoritas mas com intensa sobrepesca, como o salmão ou bacalhau, porque não colocar no seu menu peixes cultivados.

Uns candidatos certos são a  tilápia e onde for permitido, o pangasius e os peixes amazonicos. A tilápia tem sido chamada de “o galeto das águas” devido à relativa facilidade e rapidez com que pode ser cultivadas. O Panga é chamado de “o bacalhau acessível a todos” e o pirarucu é chmado de  “bachalhau amazonico” .

Eles se reproduzem rapidamente, são relativamente resistentes a doenças e de atingir o tamanho máximo em grande velocidade quando cultivadas em sistemas fechados como os Aquabioponics-Aquafuelsponics.

Ao contrário do salmão, que necessita de outro peixe na sua dieta, tilápia e pangasius são onívoros e baixos na cadeia alimentar. Eles não precisam de grandes quantidades de farinha de peixe e até podem sobreviver com uma dieta baseada em vegetais.

Pangasius e tilápia são alimentados com farinha de peixe, mas só 10 a 15% de suas dietas. Enquanto Salmão precisa de muito mais.

Finalmente com este grande potencial aberto para aquicultura, países como o Brasil precisa estimular e desenvolver seu aquabusiness. A maior economia Latino-Americana tem tudo para se tornar uma potencia mundial em aquicultura tropical.

Será que já não é tempo de sermos o futuro, hoje, também em cultivo de pescados?