Pangasius – De Janeiro a Setembro de 2011 as exportações Vietnamitas do Panga para o Brasil aumentaram 143% em valor comparadas com o mesmo período de 2010.
Pangasius – Temos recebido um número muito grande de e-mails e comentários tanto elogiando como maldizendo o famoso Panga vietnamita. Este peixe-bagre está causando uma revolução no setor aquícola mundial.
Contudo, apesar de todas as opiniões contrárias, o aquabusiness do Panga continua mostrando o imenso potencial da aquacultura para criar empregos, rendas e trazer prosperidade para os produtores rurais.
A saga e vitalidade da indústria Pangasius continua avançando a cada dia e já representa 2 por cento do PIB (produto interno bruto) de todo Vietnã.
Quer amamos ou odiamos o Panga, ele está em 134 países e agora entrando fundo no Brasil como exemplo mundial como um setor aquícola corretamente fomentado pode transformar uma nação.
A pergunta é até quando um País como o Brasil com o Pintado, Pirarucu, Tambaqui, Tambatinga… e que é considerado como tendo o maior potencial aquícola do mundo, vai ficar esperando a banda passar e continuar importando $bilhões de dólares em pescados, incluindo o Pangasius vietnamita como veremos em seguida.
Pangasius – Exportações Aumentando Continuadamente
As exportações de Pangasius para todo o mundo continuam crescendo em ritmo acelerado. Por exemplo, as exportações do Pangasius para os EUA aumentaram 100% em valor nos primeiros nove meses de 2011 comparadas ao ano anterior, segundo dados divulgados esta semana.
Contudo a grande surpresa desta vez é que o Brasil foi o mercado que obteve a maior taxa de crescimento de importações de Pangasius em todo o mundo. As exportações para o Brasil aumentaram 142,6% comparadas com os primeiros nove meses de 2010 e já correspondem a 4.1 % de todas as exportações vietnamitas de Pangasius.
Se o crescimento continuar nesta velocidade, em pouco tempo o Brasil será um dos maiores importadores mundiais do Pangasius vietnamita.
Todos que sabem e conhecem o potencial aquícola brasileiro ficam sem entender nem compreender com o país pode atingir a atual condição de importar mais de um $bilhão de dólares de pescados somente nos primeiros dez meses de 2011.
Enquanto o Brasil importa $bilhões, dados da associação das empresas de transformação e exportação de pescados indicam que o Vietnã, nos primeiros 9 meses de 2011, exportou somente em Paga a incrível marca de USD $1,31bilhões de dólares, um aumento de 29,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O valor total das exportações para o mercado da União Europeia representou 30,2%, atingindo USD $397,8 milhões, um aumento de 6,1%.
Os EUA continuam sendo o maior pais importador de Pangasius do Vietnã atingindo de Jan-Set de 2011 USD $226,6 milhões, um aumento de 100% sobre o mesmo período do ano passado. No mês de setembro deste ano as exportações para os EUA aumentaram em 90,5% em relação ao mesmo período de 2011, atingindo USD $30,8 milhões.
Contudo o pais campeão no aumento das importações vietnamitas do Pangasius até agora em 2011 está sendo Brasil atingindo o recorde valor de USD $53.1 milhões de dólares nos primeiros nove meses deste ano.
É o imaginável e antes inconcebível, um país como o Brasil com todo este potencial aquícola está importando peixe do longínquo Vietnã não priorizando como devia sua aquacultura. Em outras palavras, simplesmente transferindo riquezas e empregos para os produtores vietnamitas. Fica cada vez mais difícil de entender este samba do crioulo doido.
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É realmente impressionante! Concordo plenamente com sua revolta quando comparamos o potencial brasileiro com os números apresentados pelo Vietnã. Chega a ser frustrante! Mas devemos saber distinguir nossos problemas, que com certeza não é o Pangasius. Não é este peixe que esta atrapalhando a aquicultura brasileira! Primeiramente vamos avaliar melhor a situação, a grande afetada tem sido a merluza Argentina que vem reduzindo os tradicionais volumes de vendas, o Pangasius na verdade traz grandes benefícios para todo o setor de pescado brasileiro, podemos dar como exemplo a elevação do padrão de qualidade, criando uma nova percepção para o consumidor. Outro bom exemplo é o fato de não só estar sustentando uma base de consumo pois o Brasil ainda não é auto-suficiente, mas sim cativando novos consumidores. Temos, pela primeira vez, a oportunidade de alimentar regularmente nossas crianças com peixe 3BS – Bom, Bonito, Barato e Seguro! Eles serão os consumidores de amanhã. Os investimentos em grandes projetos, que criarão uma integralização e geração de renda, só ocorrerão se houver uma base que dê sustentação ao consumo.
Outro ponto, que devemos analisar com cuidado, é o intercâmbio (comércio) internacional, que deve ser visto como algo salutar, pois é assim que manteremos nossa indústria competitiva e auxiliar também outros setores da cadeia de congelados a se beneficiarem com fretes mais competitivos para nossas exportações, já que os equipamentos (containers) são utilizados nas duas pontas.
Por que não revemos nossos modelos e buscamos novos paradigmas para que possamos ser realmente competitivos em nossa indústria de pescado? Quantas espécies possuímos que apresentam características semelhantes aos do Pangasius? Acredito que devam ser várias, já que pude perceber muitas similitudes entre certas regiões do Brasil com as apresentadas no Vietnã, inclusive de espécies!
Será que não temos muito a aprender e extrair do Pangasius ao invés de usa-lo com justificativas para nossos dissabores?
Como foi dito, temos um potencial incrível: terra, água, clima e com a ajuda do Pangasius, Salmão, etc… teremos uma excelente base de consumo para dar sustentação aos grandes investimentos, que tenho certeza, estão por vir!
Vamos fazer nossa parte!
Luiz