Células De Combustível Alimentadas a Biodiesel Podem Ser o Futuro Dos Veículos Elétricos

O debate sobre a célula a combustível de hidrogênio versus bateria do veículo elétrico (BEV) como fontes de energia continua provocando faíscas e discussões acaloradas e muitas partes do mundo. Empresas e laboratórios de pesquisas estão investindo pesado nestas tecnologias.

Células De Combustível Alimentadas à Biodiesel (clique para ampliar)

Muitos que visitam nosso site pela primeira vez percebem o volume de informação que o MyBelojardim disponibiliza aos nosso leitores e leitoras.

Eles e elas têm notado que temos escrito sobre células de combustível e carros elétricos separadamente. Porém agora vamos falar sobre as duas juntas  num mesmo equipamento.

Uma nova tecnologia desenvolvida recentemente na Noruega e Inglaterra pode mudar todo o conceito que temos até agora de considerar as duas tecnologias separadas.

Deve chegar futuramente ao mercado um adaptador (conversor) que converte os hidrocarbonetos do diesel normal (ou biodiesel) em hidrogênio, que é então utilizado pela célula de combustível tolerante a estes combustíveis

O novo equipamento é uma unidade de fornecimento de energia elétrica com base em uma célula de combustível que não é dependente de abastecimento de hidrogênio, e que pode funcionar com combustível regular, sem deixar de lado os benefícios ambientais das células de combustível.

Uma Célula de Combustível que Pode Funcionar tanto com Biodiesel ou Diesel Fóssil

Um conversor diesel inteligente e uma célula de combustível tolerante são os componentes fundamentais deste novo tipo de unidade de alimentação elétrica.

Ambientalmente amigável e flexível, a unidade pode ser uma concorrente séria no mercado de geradores instalados em veículos elétricos e outras aplicações além de abrir mais um mercado para os biocombustíveis aquícolas e de outras biomassas.

A combinação das duas tecnologias avançadas está em fase avançada de testes. Nos ensaios, uma célula de combustível de ácido sólido de 200-W funcionou com ambos hidrogênio puro e hidrogênio produzido a partir de biodiesel pelo conversor da unidade com apenas uma insignificante diferença no desempenho.

Baixo nível de emissões de CO2 e Zero de Fumaça

O adaptador converte os hidrocarbonetos em CO2, hidrogênio e calor. Devido à alta eficiência da unidade, as emissões de CO2 são substancialmente mais baixas do que nos motores de combustão convencionais, e nenhum outro gás de escape é descarregado.

O que significa que as partículas diesel, a fuligem preta de carbono, óxido nitroso (NOx) e monóxido de carbono (CO) são eliminadas. Outra coisa importante é que o reformador não emite fumaça ou odor.

A empresa produtora diz que o processo é muito eficiente em relação à combustão regular, assim as emissões de CO2 resultantes são significativamente mais baixas. Isto é, a célula de combustível não produz as danosas partículas diesel. Na verdade, ela produz zero de fumaça, como uma célula de combustível convencional.

O protótipo atual produz apenas 200 watts, mas a empresa já está trabalhando em uma unidade de maior capacidade de 1.200 watts – ainda não é suficiente para abastecer um veículo elétrico, mas isto deve acontecer futuramente.

A tecnologia é escalável e a empresa vai abastecer primeiro o mercado da militar, antes de abordar o mundo automotivo. A empresa já tem acordos de fornecimento com a norueguesa Royal Forças Armadas e Marshall Land Systems, do Reino Unido, para o fornecimento destes geradores silenciosos.

Eliminando Algumas das Desvantagens da Célula de Combustível Tradicional

Esta tecnologia elimina algumas das desvantagens da célula de combustível tradicional, possivelmente encerrando o debate dos problemas com armazenamento de hidrogênio e infra-estrutura. Embora este debate vai continuar na certa até vermos nossos carros super silenciosos movidos a células de combustível alimentadas por  biocombustíveis.

Se tudo correr conforme o planejado, a unidade que está sendo desenvolvido para a Marshall estará pronta para lançamento no mercado em meados de 2011, enquanto a célula a combustível de ácido sólido chegará ao mercado um pouco mais tarde.

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