Honduras é mais um exemplo para o mundo de como a aquicultura privada com o suporte e apoio do setor público pode ser um instrumento importante para trazer prosperidade, desenvolvimento sustentável e gerar empregos e riquesas para os produtores rurais.
A indústria aquícola deste pais está contribuindo extrategicamente para a economia da nação criando e mantendo mais de 7,500 estáveis empregos diretos e indiretos e faturando USD $milhões em divisas.
Honduras em 2010 exportou, somente para os Estados Unidos, USD $50 milhões de dólares ou 7.484 toneladas de filé de tilápia.
Com isto, se torna o maior produtor de filé de tilápia fresca do mundo e o maior supridor deste produto para o mercado Americano, segundo divulgou esta semana fontes oficiais deste país da América Central.
Os Estados Unidos permanecem como o principal mercado consumidor, e a montanhosa Honduras assume o ranking de primeiro produtor mundial e maior exportador de filés de tilápia fresca para os americanos.
Conhecendo Honduras
Honduras é o centésimo segundo (102) país do planeta em extensão encravado nas montanhas da América Central com uma área de 112.090 quilômetros quadrados, ou pouco maior do que o estado de Pernambuco (98.311 km2).
Contudo, somente 20 por cento do país é plano. O restante 80 por cento é composto de terrenos montanhosos quase inacessiveis e sem condições de uso para qualquer atividade econômica sem falar nas constantes ameaças de vulcões e furacões.
Isto é, somente cerca de 22.418 km2 ou uma área similar ao do estado de Sergipe (21.910 km2) pode ser utilizada para todos os setores produtivos da nação entre eles o dinâmico cultivo de tilápia.
Mesmo diante de todas estas limitações, Honduras dar mais um exemplo para o mundo do que a atividade aquícola comandada pelo setor privado pode fazer por um estado, região e país na geração de empregos e rendas sustentáveis.
Vencendo desafios homéricos, Honduras exportou USD $ 50 milhões de dólares em filé de tilápias seguindo a linha do Vietnã que exportou USD $ 1,4 bilhões de dólares somente com Pangasius em 2010.
E o Brasil?
Enquanto isto, o Brasil, quinto maior país do mundo em extensão e que quase todos especialistas classificam como o país de maior potencial aquícola do planeta, importou mais de US $ 1 bilhão de dólares em pescados em 2010.
Precisamento foi USD $1.001.432.125 ( 1 bilhão, 1 milhão, quatrocentos e trinta e dois mil e cento e vinte e cinco dólares) comparados com USD $714.980.714 importados em 2009.
Um aumento de 28,6 porcento quando comparado com 2009 segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Enquanto isto as importações atingiram tão somente USD $216.417.272 ou seja, quase 5 vezes menos do que se importou.
Como se pode conceber, um país como o Brasil que tem tudo para ser potencia em aquicultura e tendo mercado sub abastecido chegar a importar 280.000 toneladas de pescados anualmente, inclusive Pangasius do longínquo Vietnã.
Não vai aqui nenhuma crítica aqueles que estão importando. Eles estão tão somente preechendo uma demanda de mercado e se aproveitando de acordos comerciais mal negociados que beneficiam um setor e acabam com outros.
A atencão da liderança do setor deve concentrar-se em identificar porque as autoridades não estão estimulando o setor aquícola (como fazem Honduras e Vietnã ) para competir com as importações e criarem empregos e prosperidade para a aquicultura nacional.
O Brasil é a oitava economia do mundo, tem 10 milhões de hectares de lâmina d’água em reservatórios de usinas hidrelétricas e propriedades particulares no seu interior, e detém 13,7% do total da reserva de água doce disponível no mundo, além do potencial das grandes bacias hidrográficas para produção aquícola.
Junte-se a isto que o gigante Latino tem tecnologias avançadas, mão de obra qualificada, cursos superiores na área e vários exemplos de sucesso aquícola como as associações dos Piscicultores de Tanques-rede do Padre Antonio e Ivone e a Aquicultura Empresarial desenvolvida por Elias Cordeiro nos lagos da Chesf no Rio São Francisco no Nordeste Brasileiro.
O que falta fazer e acontecer para o Brasil ser também celeiro mundial em aquicultura?
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