Coloboração: Dr. John Kyndt – Head-Cientista do Programa de Energia Renovável do Advance Energy Creations Lab and Dr. Aecio D’Silva.
Como as previsões atuais estebelecidas e como acontece em diversos outros setores da economia mundial, a produção de algas para biocombustíveis aquícolas, só vai ser rentável se houver uma utilização econômica para os subprodutos gerados.
Várias alternativas têm sido sugeridos: desde direto uso como suplementação ou alimentação animal até fermentação em etanol.
Nenhum destas opções foram realizados em grande escala e em alguns casos, questões tecnológicas, ambientais e regulatórias poderiam colocar barreiras e impedimentos nas suas execuções práticas.
Uma outra utilização promissora dos lipídios extraídos de algas (LEA) é gaseificar-los sob condições controladas produzindo como resultado o gás de síntese, também conhecido como syngas (constituído principalmente de monóxido de carbono, dióxido de carbono e hidrogênio).
Diversos processos para a produção de gás de síntese a partir de biomassa ou resíduos urbanos foram estabelecidos, porém a tecnologia mais promissora parece ser a gaseificação based em tocha de plasma ou plamalyisis .
A intensa energia gerada a partir de uma tocha de plasma fará com que a matéria orgânica seja quebrada ou decomposta em seus componentes básicos.
Este processo (chamado pirólise), basicamente, rompe as ligações moleculares dos componentes do LEA e da biomassa, deixando apenas os elementos para trás. Ao contrário de incineradores, que utilizam a combustão para queimar o lixo, não há queima ou oxidação neste processo. Por isso, esta é uma opção muito mais limpa.
Plamalysadores ou conversores de resíduos usando plasmalysis podem tratar praticamente qualquer tipo de resíduos, incluindo alguns materiais residuais tradicionalmente complicados.
Além do syngas o único subproduto do processo de gaseificação é vitrificados material (escória), proveniente de material inorgânico presente no material inicial da biomassa.
A escória é um subproduto que pode ser vendido em qualquer de suas formas (dependendo da taxa de resfriamento).
A forma sólida ou pedrificada pode ser usada como cascalho ou moldado em tijolos. A areia pode ser misturado com cimento e utilizado na pavimentação de vários projetos de construção. A lã de rocha pode ser usada para o isolamento.
As tecnologias atuais permitem syngas ser mais eficientemente convertido em etanol ou energia elétrica. A conversão de syngas em etanol pode ser feita quimicamente (usando um catalisador químico) ou biológico (usando bactérias anaeróbias).
No entanto catalisadores inovadoras estão sendo pesquisadas para a produção de gasolina verde, querosene de aviação e diesel verde todos a partir do syngas.
No próximo post descreveremos as tecnologias de syngas para produzir etanol e para gerar eletricidade. Vamos mostrar a importância de algas para atingir estas duas modalidades de produzir combustíveis renováveis aquícolas.
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