Peixe Robô Eclodiu na Michigan State University

Peixe robô ou robótico desenvolvido usando tecnologia de ponta, acabou de eclodir na Michigan State University com um novo visual. Uma nova habilidade. E um novo nome.

Peixe Robô para Pesquisas e Coletas de Dados (crédito: Photo by G.L. Kohuth - MSU)
Peixe Robô para Pesquisas e Coletas de Dados (crédito: Photo by G.L. Kohuth – MSU)

Cientistas da MSU fizeram uma série de melhorias no design anterior do seu peixe robô, incluindo a capacidade de planagem subaquática a longas distâncias, que é a mais importante mudança no projeto.

O peixe robô tem agora a capacidade de planar nas águas praticamente indefinidamente, com pouca ou nenhuma energia, enquanto isto vai coletando dados valiosos do ambiente aquático que podem ajudar na sustentabilidade, preservação e limpeza dos nossos rios e lagos.

Projetado e construído por Xiaobo Tan, MSU professor de elétrica e engenharia da computação e sua equipe, o peixe robô está equipado com uma variedade de sensores que não só lhe permite nadar-planar de forma autônoma, mas também medir a temperatura da água e muitos outros parâmetros.

“A natação requer constante bater da cauda,” afirmou o cientista, o que “significa que a bateria estará constantemente sendo descarregada e geralmente não dura mais do que algumas horas.” A desvantagem para o voo livre, ele disse, é que é mais lento e menos manobrável.

“É por isso que estamos integrados ambos modos de locomoção – planagem e natação – em nosso peixe robô,”, disse Tan. “Essa integração também permite que o robô se adapte rapidamente a diferentes ambientes, como de riachos rasos para lagos profundos, de lagoas calmas para rios com correntes rápidas.”

A capacidade do peixe robô de planar na água é alcançada através de uma bomba recém-instalada que empurra a água para dentro e fora do peixe, dependendo se os cientistas querem que o robô suba ou desça. Também, a bateria do robô situa-se num tipo de trilho que se move para trás e para frente, em sincronia com a ação de bombeamento, para permitir que o robô deslize através da água na rota desejada.

Peixe Robô –  Teste no Rio Kalamazoo

O peixe robótico agora tem um nome: Grace, que significa em inglês “Gliding Robot ACE.” No ano passado Tan e sua equipe fizeram um teste com o grace no Rio Kalamazoo, onde ele superou todas as expectativas.

“Nadou em três locais ao longo do Rio enviando sem fio as informações de qualidade da água coletadas pelo sensor localizado na parte traseira”, disse Tan. “Eu não tenho certeza, mas pode ser que conseguimos um recorde mundial em amostragem de qualidade da água baseada em peixes robóticos com sensores comerciais em um ambiente aquático no mundo real.”

O Rio Kalamazoo é, como foi amplamente divulgado, o site onde ocorreu um derramamento de petróleo em 2010. Curiosamente, o sensor de óleo cru do peixe robô fez algumas leituras positivas rio acima de onde ocorreu o derramamento, embora as leituras a jusante do site foram maiores.

Planadores subaquáticos, ou seagliders, são cada vez mais comum em Oceanografia. Na verdade, um deles cruzou todo o  Oceano Atlântico no final de 2009.

Uma diferença importante no grace é que, além de sua capacidade de natação, o peixe robô é cerca de 10 vezes menor e mais leve que um planador subaquático comercial.

Deste modo senhores e senhoras pescadores e pescadoras se fisgarem uma coisa diferente que plana e nada e tem um sabor de borrachudo, fique de olho que pode ser que o grace esteja nas redondezas de sua pescaria.

Fonte: http://msutoday.msu.edu/news/2013/robofish-grace-glides-with-the-greatest-of-ease/

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