O Egípcio Maher El-Gowhary e sua filha de 15 anos de idade, Dina, nunca oram duas vezes na mesma igreja, nunca ficam mais de um mês em qualquer apartamento.
Eles estão constantemente sob ameaça de serem cruelmente assassinados, estão sempre em fuga, porque se converteram ao cristianismo em um país de maioria muçulmana. É assim que são tratados todos os que se convertem ao cristianismo nos países islâmicos.
Maher e Dina nervosamente concordaram recentemente em se reunir com um jornalista numa Igreja no Cairo. O padre da Igreja disse que temia problemas com as autoridades egípcias.
Mesmo assim ele corajosamente concordou em permitir que o repórter assistisse a missa de domingo. Contudo, o padre se recusou a falar sobre o que está acontecendo no Egito temendo ser morto pelos mulçumanos.
Maher e Dina contam suas histórias de medo, angústia e desespero. Nascidos muçulmanos ambos escolheram se converter ao cristianismo depois de ambas terem visões de Jesus falando para o pai e filha do Seu amor pelos mulçumanos.
Agora Maher diz que “os muçulmanos tentam matar-nos, e vão nos matar se eles nos encontrarem.”
Vários líderes mulçumanos têm emitido proclamações e éditos exigindo “o derramar de sangue de ambos” após Maher ter pedido um tribunal egípcio para reconhecer legalmente a sua conversão. Com isto ele poderia um dia ser enterrado como cristão e sua filha não seria forçada pela mãe muçulmana a ter um casamento islâmico .
O tribunal determinou que a conversão ao cristianismo é uma grave e legal ameaça a ordem pública. Os advogados dos El-Gowhary disseram que é um perigoso padrão duplo porque no Egito um cristão pode converter à fé muçulmana, mas um muçulmano não pode converter à fé cristã. Se o fizer, certamente será assassinado nas ruas.
Dez por cento do Egito é cristão, grande parte são cristãos coptas que cada vez mais enfrentam intensa discriminação e até mesmo a morte.
Os jornalistas que estavam fazendo a matéria tiveram de esconder as câmeras porque foram avisados que se as autoridades descobrissem que estavam escrevendo sobre o assunto, eles que seriam presos.
As Tensões Religiosas Estão Elevadas no Egito.
Em 6 de janeiro passado, nas véspera de Natal Copta, três homens muçulmanos entraram atirando em uma igreja cristã no Alto Egito, matando seis cristãos e ferindo mais de uma dúzia. Os cristãos se revoltaram no dia seguinte. A área ainda está fechada para as pessoas de fora, incluindo a imprensa.
O ativista egípcio de direitos humanos, Hussein Bahjet, afirmou que o Egito tem o potencial de se tornar num o Líbano como resultado da crescente violência da parte dos mulçumanos.
“Uma guerra civil que poderia invadir o país” acrescenta Bahjet.
O Departamento de Estado dos USA afirma no seu relatório sobre a liberdade religiosa no Egito, que a mesma está em declínio. Os cristãos são negados empregos no Governo, os sacerdotes são perseguidos e ameaçados de morte e os cristãos recebem cada vez mais ataques. Isto é descrito no relatório como “um clima de impunidade que encoraja a violência”.
Na maioria dos casos, as autoridades fazem vista grossa aos ataques contra os cristãos, em outros casos há concreta evidência que foi mesma a polícia quem desencadeou os ataques.
O presidente egípcio, Hosni Mubarak tem mantido pleno silêncio sobre o problema, mas esta semana ele se pronunciou dizendo que os egípcios devem eliminar “fanatismo e sectarismo, que ameaçam a unidade de nossa nação”.
Recentemente, Dina escreveu uma carta ao presidente de Obama, que foi publicado em sites cristãos nos USA. Ela disse na carta que tem sido expulsa da escola por causa de sua fé cristã. Ela tem apenas uma jaqueta de jeans azul para aguentar o rigoroso inverno e muito pouco para comer.
Sua carta foi um apelo desesperado. “Eu escrevi que nós somos uma minoria cristã sendo tratada muito mal e quero pedir ao presidente Obama para dizer ao governo egípcio que nos tratem bem.”
Seu pai Mayer diz que não pode mais permanecer no Egito. Ele e sua filha estão em perigo de vida eminente, tanto que os jornalistas não podem dizer onde eles estão agora no Egito, ou para onde eles estão pensando mudar amanhã.
Nos últimos dias, os dois se reuniram com a Comissão dos USA de Liberdade Religiosa Internacional do Cairo. Eles pediram o estatuto de refugiados para sair do Egito.
Uma fonte da Comissão disse que o caso de Dina é complicado porque ela é menor e tem uma mãe muçulmana e há questões legais, mas seu pedido está sendo considerado. Os jornalistas esperam que não aconteça como o caso de uma jovem americana que foi cruelmente assassinada por membro de sua própria família porque se recusou a usar as vestimentas e cobrir a cabeça como ordena os rituais islâmicos.
Enquanto estavam dando esta entrevista, Dina e seu pai estavam arrumando as malas para se deslocarem para outra área do Egito. Sem dinheiro. Ameaçados de morte. E quase sem esperança. Tudo isto pelo Bárbaro crime nos países mulçumanos, de terem aceitado Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Eles precisam das nossas orações.