Importações de Pescados: Brasil Continua Importando como Nunca Antes

Importações de Pescados

Apesar das Crises Mundiais Estarem Atingindo o Brasil de Cheio com o Crescimento do PIB Tendo o Pior Desempenho desde 2000 Podendo até Ficar Negativo, o Saldo da Balança Comercial Recuando 34% em Relação aos Oito Primeiros Meses de 2011 Sendo Salva pelos Grãos, Nosso País, com o maior Potencial Aquícola do Mundo, Continua de Pé dentro Importando Pescados como Nunca Aconteceu em sua História como Nação.

Veja que disparate das importações de pescados. No ano passado o Brasil importou mais de US $1,28 Bilhões de dólares de pescados, e a saga importadora continua de pé dentro este ano. Segundo dados da SECEX-MDICE, o Brasil já importou somente de Janeiro a Julho deste ano bem perto de um US $1 Bilhão de dólares, precisamente, US $ 724,6 Milhões de dólares.

Importações de Pescados pelo Brasil em 2011
Importações de Pescados pelo Brasil em 2011

Por outro lado, as exportações de pescados só atingiram 111,7 milhões de dólares no mesmo período. Em outras palavras, neste cenário humilhante estamos importando 650 porcento ou seis vezes e meia mais do exportamos.

Enquanto as importações de pescados representam 30% ou mais do que consumimos, ao invés de também estimular a produção de pescados em todas as maneiras e modalidades possíveis, as autoridades promovem somente campanhas de aumento de consumo.

Estimular consumo é uma boa coisa. Contudo, esquecemos que para aumentar o consumo temos de aumentar produção local ou continuar dependente e aumentar cada vez mais as importações de pescados.

Diante do quadro acima, qualquer ação hoje de aumento de consumo sem o correspondente estimulo à produção, significa na realidade estimular cada vez mais as importações de pescados.

Será que é este o objetivo. Será que é tão difícil perceber onde estamos indo neste samba pesqueiro-aquícola do crioulo doido?

Estimulando a produção aquícola local, estaríamos criando empregos, renda e prosperidade para os brasileiros mesmo se tivéssemos de importar o Salmão e o Bacalhau do dia-a-dia. Hoje o que fazemos é  estimular o consumo para criar renda, empregos e progresso na China, Vietnã e tantos outros. Quando vamos fazer isto pelo Brasil?

Não é a toa que o Vietnã,  com uma aquicultura baseado no Pangasius, projeta exportar este ano US $2 bilhões de dólares somente com o Panga e é claro contando com o mercado Brasileiro. Quando comparamos o potencial aquícola Brasileiro com o Vietnamita, não tem como: O Brasil ganha de 10 vezes no potencial de produção e perde 20 vezes menos nas exportações!!!

Todos ficam perguntando quando é que o setor aquícola brasileiro vai ter as prioridades governamentais e sair desta vergonhosa situação em que se encontra.  Estimulando consumo para ser coberto por importações de pescados de regiões tão distantes como a Ásia.

Não podemos calar e aceitar isto como um fato definitivo. Temos de mostrar para o mundo que somos mais do que capazes de reverter um quando como este. Continuar neste passo dependendo de importações de pescados para aumentar consumo ou mesmo para tão somente alimentar nossa população é um atentado contra a capacidade criativa, tecnológica e empresarial dos lutadores e aguerridos produtores e empresários das comunidades aquícolas e pesqueiras brasileiras.

Importações de Pescados – Consumindo tanto Pescados como  Consume Agrotóxicos

De um lado, como mostramos em artigo anterior,(Agrotóxicos: O Grande Desafio da Engenharia da Sustentabilidade) estamos consumindo quase tanto peixe como consumimos agrotóxicos. Com  um agravante: parte do pescado que importamos vem de regiões do mundo em que agrotóxicos é sério problema.

Quando este quadro é mostrado aos especialistas em produção de alimentos e sustentabilidade, os semblantes de todos ficam caídos com a falta de prioridades e estímulos da parte das autoridades brasileiras aos setores pesqueiros e aquícolas.

Todos reconhecem como o Brasil é abençoado pela mão Divina com a excepcional abundancia dos nossos recursos aquícolas. Nossa nação tem o que é considerado as melhores condições, os melhores peixes, as maiores autoridades em produção aquícola sustentável e o maior potencial da aquicultura mundial.

Nosso recursos são incomparáveis e imensos. Nossa inteligência inventiva e capacidade empreendedora nesta área são reconhecidas em todo mundo. Temos no Brasil modelos e exemplos de sucesso como os projetos comunitários do Padre Antônio Miglio e Srta. Ivone Lisboa  e Empresariais do Eng. Elias Alves Cordeiros ambos no Vale do Rio São Francisco além de muitos outros em todo o Brasil.

Como estamos em outro 7 de setembro, quando é que vai ser dado o grito de independência e autossuficiência da nossa produção de pescados? Quando vamos sair desta situação embaraçosa – estimulando aumento de consumo baseado em importações – que nos encontramos atualmente quando temos tudo para sermos potencia mundial aquícola?

 

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