Engenharia Genética – Hambúrguer e Picanha Cultivados em Laboratório?

Engenharia Genética – Quem imaginar que os pecuaristas de gado nelore e avicultores, por exemplo, poderiam ter no futuro como sérios competidores os cientistas industriais que trabalham com células-tronco musculares?

Engenharia Genética - "Carne Cultivada"em Laboratórios de Pesquisa
Engenharia Genética - "Carne Cultivada"em Laboratórios de Pesquisa

Em outras palavras, será que é possível produzir um hambúrguer, ou mesmo um filé-mignon em questão de dias sem ser necessário criar bois por 18-22 meses, matá-los para depois só retirar as partes que interessam?

Porque não produzir somente a parte que se está interessada? Ou seja ter uma fábrica com linha de produção daquela picanha suculenta?

Esta é uma pergunta que vem sendo feita por muitas pessoas desde a muito tempo. Wiston Churcil, como mostra recente reportagem do Guardian na Inglaterra, mostra que o grande Estadista e herói mundial foi um dos primeiros a perguntar porque criar toda uma galinha, quando o que se quer é o peito sem osso ou mesmo a coxa?

Quer concordamos ou fortemente discordamos desta possibilidade futura, ela esta aí a nossa frente. Além disto, com a velocidade que o conhecimento está sendo mutiplicado a cada minuto neste mundo, é bom estarmos preparados e informados que carne pode estar vindo dos laboratórios e não somente dos pastos em um futuro não muito distante.

Engenharia Genética – “Carne Cultivada”em Laboratórios de Pesquisa

Bem, cientistas ingleses usando técnica de engenharia genética estão produzindo pequenas quantidades de “carne cultivada” em laboratórios de pesquisa. Mark Post da Universidade de Maastricht, um dos pioneiros no campo, afirma que ele será capaz de produzir um hambúrguer cultivado em laboratório até o final do ano.

Em vez de começar com carne de animais criados em pastagens por meses e meses, ele quer crescer bifes em condições de laboratório feitos diretamente a partir de células-tronco musculares.

Se for bem sucedido, a tecnologia de engenharia genética vai transformar  radicalmente a forma como produzimos alimentos. “Queremos transformar a produção de carne de um processo de engorda nos pastos ou confinados nas fazendas para um processo industrial”, explicou o cientista.

Prof Post está usando células chamadas myosatellites, uma forma de células-tronco musculares que normalmente são usado pelo corpo para reparar danos musculares. Células Myosatellites  podem ser extraídas de um animal adulto sem matá-lo ou maltratá-lo e tem inúmeras vantagens.

Carne cultivada – também conhecida como “carne in vitro” ou produzida em laboratório – baseia-se na ciência da tecnologia de células-tronco usadas na medicina.

Células-tronco são extraídas de um porco, por exemplo, e convertidas em células musculares de porcos. Essas células musculares são então cultivados em uma armação com nutrientes e vitaminas essenciais e crescem nas quantidades desejadas.

É a mesma tecnologia de engenharia genética que mostramos em um post passado sobre a produção artificial de um tranqueia. Em outras palavras, você brevemente pode chegar em um supermercado e ver o anúncio de hambúrguer feito no capricho sem matar o boi.

No entanto, mesmo com todas estas vantagens aparentes, muito poucos pesquisadores estão trabalhando no desenvolvimento da tecnologia de carnes cultivadas.

Quanto tempo antes que a carne esteja disponível nos supermercados depende do investimento em pesquisa e desenvolvimento. As estimativas mais otimistas são de que o primeiro produto comercial poderia estar disponível em cerca de cinco anos.

 O primeiro produto será carne moída de boi ou uma salsicha; bifes podem demorar um pouco mais. Há um longo caminho a percorrer, mas as possibilidades são reais. Temos um grande problema – como alimentar o mundo. Agora podemos estar no início de uma possível solução.

 Qual será o gosto que isto vai ter? Bem, com os avanços que temos hoje, o sabor que o cliente desejar, é só acrescentar os temperos genéticos. Será isto mesmo?

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