Diferentemente da cana-de açúcar, soja e milho, algas não são culturas alimentares, não competem com áreas agricultáveis e nao interferem de modo algum na produção de alimentos.
As algas são tolerantes as condições adversas, como desertos e águas salinas e / ou salobras. As algas podem ser cultivadas em sistemas de re-circulação, como os AquaBioPonics-AquaFuelsPonics e em águas residuais-recicladas (efluentes secundários) provenientes de instalações de tratamento de esgoto e assim por diante.
As algas podem ser cultivadas numa variedades de condições e ambientes dos mais diversificados e imagináveis. Lagoas, canais rasos, horizontais e verticais proto-bio-reatores, sacos plásticos, e sistemas abertos são alguns dos recipientes e dispositivos utilizados no cultivo de algas.
Você sabe o que se gasta 500 litros de água para produzir um litro de etanol (álcool combustível) usando milho e 370 litros usando cana-de-açúcar; para produzir biocombustíveis a partir de soja se usa 14.000 litros de água por litro de biodiesel,. No entanto as algas podem produzir até 10.000 litros de óleo por hectare por ano, utilizando efluentes secundários ou outras fontes de águas residuais tratadas.
No entanto, os pontos chave para o sucesso cultivo, colheita, extração, transformação e distribuição de biocombustíveis baseados em algas são: seleção de algas de alta produtividade e alto nível de óleo ou amido; desenvolvimento de processos de cultivos controlados, mecanização e industrialização.
Atualmente existe uma verdadeira corrida das grandes empresas e centros de pesquisas mundiais para desenvolver a super-algas em todos os sentidos. Exxon-Mobil recentemente anunciou o investimento de 600 milhões de dólares só na pesquisa de algas para green-bio-combustíveis.
Visualizo que nos próximos anos teremos uma verdadeira revolução na produção sustentável de green-bio-combustíveis baseados em algas. E os países emergentes e líderes em Biocombustíveis, como o Brasil, o que estão fazendo para não ficarem para trás nesta corrida?
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