Colaboração: Rosiel Moura da Silva
Perde-se no tempo a relação entre homem-cão, alguns historiadores a datam do alvorecer da trajetória do homem sobre a terra, aquela relação de ajuda mutua onde a sobrevivência era a Tonica máxima, um ajudando o outro num tom continuado a ponto de chegar em nossos dias à máxima de que o melhor amigo do homem é o cão.
E hoje bateu uma tremenda saudade dos cães que passaram em minha vida, o que me levou a escrever esta pagina, me lembrando da minha infância e adolescência e da relação de amizade que tive com estes animais que na continuação do convívio do lar, terminam tornando-se membro da família.
Assisti certa vez um filme de Robin Willians intitulado amor alem da vida,que narra um acidente com o ator que vem a falecer e na sua chegada ao outro mundo, o primeiro ser que ele encontra é o seu cão que vem lhe receber sorrindo.
Roberto Carlos, também canta uma musica que ao chegar em sua casa depois de uma longa ausência, quem lhe recebeu primeiro foi seu cão que lhe sorriu latindo. Cada animais destes tem um nome peculiar que nunca esquecemos.
Os meus foram Rex, Herói, Bob, Odara e Rambo, mas o que mais se destacou do período de minha infância-adolescência, foi o rex. Rex era um lindo pastor alemão de pelos longos. Vem nas minhas lembranças de quantas e quantas vezes corremos naqueles campos agrestes de Belo Jardim.
Chegava do colégio e Rex me recebia com aquela alegria que nunca faltava no seu semblante me convidando para mais uma incursão, naquelas paragens de vegetação tão peculiar do agreste nordestino, e como era gratificante sentir aquele cheiro de mato que exalava de cada canto quando rex rasgava a vegetação nativa.
E como todo animal que vive na face da terra o seu território e sempre impenetrável. Foi ai que tive um problema quando apareceu o Herói para dividir o espaço e a atenção para mim. O Rex não gostou da idéia e companhia. Lembro de dia um em que eles travaram uma briga e eu na minha impotência de separar, e vendo os dois se destruírem, me ajoelhei e orei a Deus para que interferisse e separasse os dois que eu iria sempre ser grato.
A historia do herói é interessante, ele chegou lá em casa através de meu pai, quando ele era delegado em Sanharó. A historia era que lá em onde ele estava começou a matar ovelhas e para dirimir a contenda meu pai o levou lá para casa para ser sacrificado.
Como chorei no dia em que o levaram, maldisse a todo mundo que fizeram parte naquele ato, escutei um dia depois que já tinha sido realizado, mas a minha esperança era que ele ia voltar, cada dia eu olhava o horizonte na esperança de velo aparecer na curva do caminho.
Era um dia de domingo, todos estávamos no alpendre de um grande cassarão onde morávamos, este cassarão era imenso, tinha um quintal grande todo ladrilhado que servia para secar os grãos de café, este cassarão era de propriedade do Sr Elias França. Era imenso. Tinha dezoito quartos,
Como falei estávamos no alpendre com toda família reunida quando olhei lá no horizonte e aviste uma figura esquelética cambaleante, mas com um olhar pra frente, agucei mais a vista,e de repente soltei o brado vitorioso: É O HEROI, para mim foi uma festa e tanto, e quando ele me avistou correndo em direção a ele, era como se um anjo salvador fosse ao seu encontro. (continua na Parte II)
Gostei,
Tá lindo,muito legal