Tilápia – Complexo Aquícola Inovador, Transformador e Baseado em Sustentabilidade da Pescanova Vai Produzir 12 mil Toneladas/Ano de Tilápias no Polo de Aquacultura de Paulo Afonso e Itacuruba no Rio São Francisco Trazendo Prosperidade e Riquezas para Toda a Região
Nossa primeira experiencia com produção industrial de Tilápia foi em uma temporada que passamos no Kibbutz Nir David no Vale Beth-Shean em Ramat Gan no Norte de Israel no anos 70s.
Tilápia é conhecida em Israel como “Peixe de São Pedro” porque de acordo com o livro de Mateus (17:27) o peixe que o apóstolo Pedro capturou a mando de Jesus para achar uma moeda e pagar impostos a Cesar foi uma tilápia.
Além disso, o milagre de Jesus Cristo Cristo em que Ele alimentou uma multidão de cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes (Mathew 14:15-21) pode também ter sido duas tilápias pois esta é a espécie mais dominante no Lago Tibério (mar da Galiléia), nos tempos de Cristo.
Desde nossa estada em Isreal o peixe da multiplicação entrou para ficar nas nossas vidas, em nossa dieta pelo menos duas vezes por semana além de ser a espécie chave de todos os projetos aquícolas e aquabioponics que temos implementado em várias partes do mundo.
Lembramos bem quando alguns anos passados dávamos palestras ou conferências nos EUA e em outras partes do mundo sobre tilápia e muitos não sabiam nem mesmo o que a palavra significava ou não acreditavam que este peixe chegasse a lugar nenhum.
Hoje tilápia é o quarto peixe mais consumido na nação americana e logo vai subir de posição, pois, o peixe dos milagres de Jesus caiu nas graças e no gosto da gastronomia estadunidense e em todo o mundo.
Lembro muito bem de uma experiencia que tivemos em 2007 quando chegamos ao Brasil na cidade Baiana de Paulo Afonso para tentar convencer alguns incrédulos a implantar um Polo de Aquacultura na região.
Um dia nosso grupo foi almoçar em um restaurante local chamado Velho Chico. A dona do estabelecimento muito atenciosa e prestativa como todo Baiano e Baiana, mostrou-nos o menu da casa onde o rei do rio, surubim, dominava de ponta a ponta.
Era surubim grelhado, a milanesa, muqueca de surubim, surubim ao molho de coco, filé de surubim ao forno, surubim a baiana, surubim no espeto, panelada de surubim, sorvete de surubim (este não) e daí por diante….
Perguntamos a ela se não tinha tilápia. Ela prontamente respondeu que só servia peixe de qualidade. Controlamo-nos ao máximo e respondemos polidamente que Tilápia era um peixe super delicioso. Mas ela foi firme na contrarresposta: “no meu restaurante só oferecemos surubim”.
Sorrimos e dissemos para ela educadamente, mas olhando diretamente para seus olhos: “Minha distinta senhora, daqui a 2-3 anos a senhora vai oferecer pelos menos 3 pratos de tilápia e nada ou quase nada de surubim”. Ela olhou para todos nós com enorme surpresa e disse: “eu não acredito nisto de jeito nenhum. Aqui só servimos Surubim”.
Bem, se você tem alguma dúvida do que falamos neste almoço, visite hoje qualquer restaurante de Paulo Afonso, Jatobá, Petrolândia, Itaparica, Itacuruba ou de qualquer cidade das redondezas e veja o que tem no cardápio. Isto que aconteceu nestas cidades aconteceu também nos EUA, em toda extensão do São Francisco e em praticamente todo o Brasil.
A pergunta é: como pode ter acontecido tão grande mudança de consumo de pescados em países como os Estados Unidos como também em cidades do Velho Chico centenariamente dominadas pela gastronomia surubiana?
Bem, o milagre é o peixe da multiplicação junto com tecnologia e um grupo de pessoas que no caso do São Francisco deram muito de si para tornar o Polo de Aquacultura de Paulo Afonso, Jatobá, Petrolândia, Itaparica e Itacuruba uma realidade e modelo mundial de produção de Tilápia.
Entre estas pessoas, nunca podemos de deixar de citar o Dr. Elias Cordeiro na área empresarial, O Padre Antônio Miglio e a Ivone Costa do lado Pernambucano do Polo na área de pequenos produtores e associações.
Por que O Brasil Não é o Campeão do Mundo em Aquacultura?
Outra indagação que ouvimos constantemente é porque o Brasil com seu imenso potencial aquícola não é um líder mundial em aquacultura, embora tenhamos tudo e o resto para está no top da lista.
Prova real que podemos ser líder é o complexo aquícola inovador baseado em princípios de sustentabilidade da gigante Pescanova em Paulo Afonso-Bahia e Itacuruba-Pernambuco no Rio São Francisco.
Este empreendimento liderado por Dr. Elias Cordeiro, nosso brilhante aluno de desenvolvimento sustentável, sozinho vai produzir mais de 12 mil toneladas/ano de Tilápia.
Isto é maior do que toda a produção nacional de Tilápias de Israel. O que alguns pagaram um preço bem alto para começar, hoje é uma realidade mundial.
O complexo da Pescanova é formado por uma fazenda de produção em tanques rede, laboratório de genética e de produção de Alevinos usando tecnologia de produção programada, centro de produção de juvenis e unidade processadora de pescado.
Mais uma vez sentimos gratificados em termos dado o pontapé inicial no que hoje é um dos Polos de Tilápia mais importante do mundo. Parabéns Paulo Afonso, Itacuruba e parabéns Pescanova por tão emblemático empreendimento aquícola.
O Velho Chico tem condição de receber dezenas e centenas de empreendimentos como este que podem tirar o Brasil da condição embaraçosa atual de ter importado de Janeiro a Outubro de 2012 cerca de US $1 bilhão de dólares em pescados criando milhares de empregos, riquezas e prosperidade em outros países.
Isto tem de mudar. O Rio São Francisco estar ai como Dádiva Divina à Aquacultura nacional em todos os níveis esperando mais projetos como este da Pescanova para criar milhares de empregos, riquezas e prosperidades no solo e água brasileiros.
Séries Sustentabilidade Aquícola – Por: Dr. Aécio D’Silva, CEO, Moura Technologies and AEI-Labs