Regime Chinês – A pior e Mais Temível Ditadura que a Humanidade Já Conheceu!
Autor: Dr. Isaac Averbuchi (Enviado por Eng. Hermes Prazim, correspondente do MyBJ em Recife-PE, Brasil)
Regime Chinês – Quando a URSS desintegrou-se e caiu o Muro de Berlim, muita gente pensou que o comunismo havia acabado. Ledo engano: nunca esteve tão vivo e perigoso. Mas a ameaça agora vem do outro lado do planeta.
O comportamento da China tem revelado que se trata da pior e mais temível ditadura que a humanidade já conheceu. Esqueçam a URSS, porque diante do dragão chinês Lênin e Stalin eram aprendizes de feiticeiro. O pavoroso regime nazista durou pouco mais de uma década e, felizmente, não deixou filhotes pelo mundo afora. Para quem gosta de números, basta dizer que estima-se que o regime implantado por Mao matou, só na China, mais gente do que a Segunda Guerra Mundial inteira. Detalhe: eram seus próprios compatriotas. Nem vou mencionar as mortes causadas por regimes inspirados por ele em outros países.
O regime chinês é muito mais ameaçador que outros regimes totalitários porque se trata de uma ditadura rica (como a URSS jamais foi), com meios tecnológicos nunca vistos, um poderio militar cada vez maior e com atuação global como nenhuma outra alcançou. A China, de forma cada vez mais explícita, apresenta seu projeto de hegemonia mundial, algo assustador e que precisa ser combatido o mais breve possível. O Ocidente precisa entender que no nosso planeta há vários mundos e os valores praticados em cada um deles são muito distintos. A China é um desses outros mundos. Não se pode tratar a China como as nações ocidentais tratam-se, umas às outras, simplesmente porque seu governo e seu povo têm valores e concepções de mundo totalmente diferentes e não estão dispostos a abrir mão deles para se comportar como achamos que todas as nações deveriam, inclusive porque acreditam que ninguém tem poder suficiente para obrigá-los a fazer isso.
Para a China, valores como liberdade, democracia respeito a direitos humanos são assuntos totalmente irrelevantes. Afinal, seu povo nunca conheceu a liberdade. Lá não há respeito a tratados e contratos, exceto quando lhes beneficiam. O Judiciário é uma simulação grotesca. Não se respeita a propriedade intelectual. Não há liberdade religiosa. É um regime racista, pois tem como política a eliminação física ou cultural de minorias étnicas, algumas das quais submetidas à força ao regime chinês, como é o caso do Tibet ou dos muçulmanos de Xinjiang, esses submetidos a “campos de reeducação”. Para a China só existe uma coisa: os interesses do partido comunista e seus líderes e burocratas e não há escrúpulos na busca desses interesses. Evidentemente, eles negam toda essa realidade.
Na China não existe mais privacidade. O controle sobre a internet é amplamente conhecido. Quem quiser usar o wi-fi de um aeroporto precisa usar um chip adquirido na China, ou seja, tudo o que for feito no telefone poderá ser rastreado. Não há “ponto cego” nas estradas chinesas. Todos os carros são fotografados em cada uma das estradas. Nas salas de aula os estudantes são filmados e recursos de inteligência artificial analisam as expressões dos alunos para saber se estavam atentos ou sonolentos durante as aulas. O que os professores dizem, claro, é gravado.
Eu estive na Praça da Paz Celestial. Mais de 30 anos depois, ainda hoje a praça é cercada, todos que lá entram são revistados e cada poste tem, no mínimo, seis câmeras. Enquanto eu turistava, por uns 40 minutos, fui abordado duas vezes por pessoas à paisana, perguntando o que eu estava fazendo ali (também fui abordado enquanto passeava na Cidade Proibida). Até hoje os chineses não sabem o que se passou naquele lugar e quantas pessoas morreram (estima-se que 10 mil). Quando George Orwell escreveu “1984” não podia imaginar que, comparado ao regime chinês, sua obra seria um conto brejeiro sobre uma noite de verão.
Dito isso, agora se observa que ao regime chinês não é suficiente exercer uma implacável censura e sufocar qualquer forma de oposição dentro das suas fronteiras. Pretende exercer essa censura pelo mundo afora, determinando o que as pessoas podem dizer ou não a respeito do seu regime cruel. A China nos pretende “conceder o direito” apenas de elogiá-la, já que a ditadura de Xi Jin Ping não aceita qualquer espécie de crítica. Quem a critica fica sujeito a sanções comerciais. Ou seja, uma espécie de chantagem: o silêncio sobre o regime atroz é obtido mediante ameaça. O regime contrariado com as opiniões de uma pessoa usa isso para ameaçar um país inteiro.
Em março o deputado Eduardo Bolsonaro fez críticas verdadeiras ao regime chinês. Disse apenas o que todo mundo sabe há tempos. Direito dele, como deputado e como cidadão. O embaixador chinês, de forma arrogante e agressiva “exigiu” desculpas do governo brasileiro e cobrou um posicionamento do presidente da Câmara, que no seu mal disfarçado papel de ferrenho opositor ao governo federal curvou-se ao embaixador. A resposta correta e altiva de Rodrigo Maia seria: 1) não sou chefe dos deputados e não me cabe repreender nenhum deputado por suas opiniões, inclusive pela existência da imunidade parlamentar. Cada um responde por si; 2) o deputado Bolsonaro não representa o governo brasileiro, entenda-se com o Itamaraty. Claro que a mídia apontou o deputado Bolsonaro como “criador de uma crise”, quando na verdade a crise foi criada pela guarida que Maia deu ao embaixador e pela subserviência da imprensa, que rapidamente alardeou o seu pavor com a “contrariedade” do maior parceiro comercial do Brasil. Tivesse o embaixador chinês levado um “chega pra lá”, possivelmente a coisa morreria ali e a suposta crise não existiria.
Tanto Maia como esses jornalistas talvez não tenham percebido que com a sua atitude subserviente estão corroborando as palavras de Eduardo Bolsonaro e fazendo o que a China quer: que demonstremos medo e, por meio dele, a submissão. O embaixador exige que o governo brasileiro se humilhe por causa das opiniões de um deputado e a imprensa não mostra nenhum espanto com isso. Maia talvez até tenha percebido o absurdo da situação, mas o desejo de criar problemas para Bolsonaro supera qualquer outro critério na hora em que decide falar. Para Maia, o respeito às prerrogativas do nosso Legislativo não precisa ser cobrado do arrogante diplomata.
Alguns poderão argumentar que o deputado Bolsonaro (e mais recentemente o ministro da Educação, numa brincadeira muito infeliz) não tinha necessidade de fazer a crítica. Ainda que seja verdade, não podemos achar que cabe ao governo chinês determinar quando um deputado pode ou não externar suas opiniões e o conteúdo delas e, sobretudo, “exigir” desculpas do governo pelas opiniões de alguém que não representa oficialmente o país. Isso já seria ajoelhar-se, voluntariamente, ao regime chinês.
Observem que nenhum país do mundo, exceto a China, ameaça outro porque um deputado, por mais destacado que seja, fez críticas ao seu governo, mesmo que essas críticas sejam injustas. Não faltaram deputados, desde sempre, desancando os EUA e Israel com acusações duras e absurdas (muitas baseadas em mentiras deslavadas) nas tribunas do Parlamento, na imprensa e nas redes sociais. Diversos outros países também recebem condenações na mídia ou de parlamentares por seus regimes. Quem nunca ouviu críticas ao regime opressor da Arábia Saudita ou ao Irã? Nenhum deles ameaçou retaliações comerciais ou “exigiu” desculpas do governo brasileiro à base de chantagem. Durante muitas décadas os EUA foram o nosso maior parceiro comercial e ao longo de 40 anos o Brasil votou sistematicamente contra os EUA nos principais fóruns mundiais e nunca sofreu ameaça de retaliação comercial. Só a China exige o silêncio ou elogios na hora de comerciar. O governo chinês entende que sobre a China pode-se dizer tudo, menos a verdade.
Quanto ao fato de a China ser o maior parceiro comercial do Brasil, isto é um fato, mas na verdade isso é um espantalho, como se a China comprasse as nossas mercadorias por amizade, quando, na verdade o faz por puro interesse comercial: os produtos que lhes vendemos são bons e competitivos. Além disso não há muitas alternativas no mundo para fornecer, de uma hora para outra, os milhões de toneladas de ferro e soja que a China precisa. Se a China criar alguma dificuldade no comércio e for buscar produtos em outros mercados, nossos exportadores terão um pouco mais de trabalho, mas conseguirão vender suas mercadorias. Aliás, qualquer pessoa do mundo dos negócios sabe que a dependência de um único grande comprador ou fornecedor nunca é uma situação muito segura. Seria bom que nossos exportadores buscassem diversificar a sua atuação ao invés de, alegremente, se submeterem às ameaças chinesas.
Essa pandemia mostrou claramente ao mundo o risco que é depender da China e contar com a inexistente boa fé do seu regime. A esmagadora maioria dos produtos de uso médico é produzida na China. Só que a China também “produz” epidemias e não avisa tempestivamente quando elas ocorrem. A China manipula dados, para esconder os fracassos do governo (algo típico dos regimes comunistas). E, não mais que de repente, o mundo fica de joelhos, sem poder sequer reclamar de quem causou os problemas e tendo que agradecer pela “ajuda” que recebe e pela “boa vontade” chinesa de vender produtos e insumos médicos. Isso tudo enquanto assiste, sem piar, a China leiloando essas mesmas mercadorias que já haviam sido pagas por diversos países. Não vou acusar a China de ter criado ou espalhado propositalmente o novo coronavírus, mas a esta altura, estão estudando minuciosamente as fragilidades sanitárias e econômicas do Ocidente frente a uma eventual guerra biológica.
Há pouco anos a China anunciou um projeto gigantesco, a “Nova Rota da Seda”, para, supostamente, ampliar o comércio mundial. O plano é outro: aumentar ainda mais a dependência do mundo em relação aos produtos fabricados na China e ampliar sua influência política, emparedando o Ocidente. A pandemia deixou evidente que a “Nova Rota da Seda” é o caminho para o suicídio do mundo ocidental. Não há como competir com a China. Para usar o vocabulário marxista, lá há um “exército industrial de reserva” de centenas de milhões de pessoas dispostas a trabalhar em condições inimagináveis em troca de um prato de arroz. O desrespeito escancarado à propriedade industrial elimina os custos e os riscos de pesquisa que as empresas nos países do Ocidente precisam assumir para criar novos produtos. As práticas comerciais chinesas são condenadas no restante do mundo.
A pergunta que fica é: como enfrentar a China e garantir a liberdade e a prosperidade, a longo prazo, do mundo livre? nenhum país sozinho pode fazer isso, nem os EUA. Mas, por sua sobrevivência, o Ocidente precisa encontrar um modo de fazê-lo. O mundo não pode ficar à mercê dos hábitos alimentares exóticos dos chineses e das manipulações do seu governo comunista. Isso não é trabalho para um governante, é um trabalho para gerações e para estadistas.
A atual geração de líderes ocidentais é extremamente medíocre e não tem capacidade intelectual ou de liderança para tal empreitada, mas é importante que o trabalho de contenção comece já. Seja no campo comercial, seja no campo militar, começando por barrar as pretensões hegemônicas da China sobre o Pacífico e restringir as suas práticas comerciais desleais. É preciso recuperar a autonomia ocidental na produção da maioria dos produtos hoje fabricados na China. Também é necessário evitar o domínio da China sobre as organizações multilaterais, como a OMS, onde instalou um lacaio na presidência.
Os chineses já começaram a apropriar-se dos recursos naturais da África, valendo-se da miséria crônica e dos governos corruptos que abundam naquele continente e já colocou seus pés firmemente na Europa. Já instalou a sua primeira base militar fora da Ásia, no Djibuti, um país paupérrimo, bem na rota do petróleo pelo Canal de Suez. Também se apropriou do petróleo venezuelano ao apoiar o criminoso regime de Maduro, que ainda não desabou apenas por esse motivo. Já começaram a investida no terreno das comunicações (no Brasil associaram-se à Globo e compraram parte da Band). Um eventual controle chinês sobre a internet é uma ameaça global para a qual a imensa maioria das pessoas ainda não se atentou, mas deveria, porque o risco é real e imediato e os danos provavelmente serão irreversíveis.
Importante ressaltar: quando eu falo da China, estou me referindo ao seu regime comunista, não ao seu povo. O povo chinês já trouxe importantes contribuições à humanidade, como a bússola, o papel e a pólvora. Nos deram grandes filósofos, como Confúcio e Lao Tsé e têm manifestações artísticas admiráveis. Tirando os excessos de exotismo, sua culinária é admirada no mundo inteiro. Ao contrário do seu Partido Comunista, o povo chinês é pacífico. Basta observar o comportamento de Taiwan, um país etnicamente composto por chineses e comparar com o da Coreia do Norte, que a China sustenta para ameaçar, por procuração, o Ocidente e seus aliados na Ásia enquanto Xi Jin Ping faz discursos pela cooperação mundial e pela liberdade de comércio.
O povo chinês é uma coisa, o partido comunista e seu regime são outra. Não nos enganemos: a ditadura chinesa é um perigo que ou enfrentamos de forma decidida ou em poucas décadas estaremos tomando sopa de morcego e sendo obrigados a dizer que é gostoso.