Pangasius: Brasil Pode Importar US $100 Milhões em 2011

Pangasius - Colheita Manual
Pangasius - Colheita Manual (clique para ampliar)

Milhares de internautas nos têm perguntado o que é o fenômeno aquícola do Pangasius e porque o Brasil, com todo este potencial aquícola, está importando milhões de dólares anualmente deste bagre asiático.

Nossa equipe Técnica Editorial tem escrito muito sobre Pangasius tentando responder estas questões.

É tanto que , como você pode imaginar, hoje estamos em primeiro lugar nas respostas de pesquisas da Google para a palavra-chave: Pangasius.

Vocês que visitam nosso site Mybelojardim.com podem encontrar tons de informações sobre o Panga, Pangasius ou bagre asiático como é comumente conhecido e que tem o nome latim de Pangasius hypophthalmus.

Temos um página só sobre a Indústria do Panga e publicamos até agora mais de 50 artigos sobre o mesmo. O que tem o Pangasius de Tão Especial? É um dos posts mais lidos no site.

Pangasius – O Potencial da Aquicultura para Gerar Empregos e Riquezas

Nossa intenção de trazer informações sobre o Panga não é de promover o cultivo desta espécie no Brasil. Ao contrário, a maior nação sul-americana tem peixes muitos melhores do que o Panga, sem dúvida alguma.

O que objetivamos é chamar a atenção para o grande instrumento que pode ser a aquicultura na promoção do desenvolvimento sustentável, criação de empregos e estabelecimento de todos os tipos de empresas, principlamente, as micros-empresas.

Tentamos mostrar também que o Brasil com todo este potencial hídrico, tecnológico e aquícola não pode continuar importando bilhões de dólares anualmente de pescado.

Senão vejamos. O potencial de cultivo de pescados do Brasil é imensamente maior do que o do Vietnã e considerado por muito especialistas do setor como um dos maiores ou mesmo o maior do planeta.

O Brasil, a oitava economia do mundo, tem 10 milhões de hectares de lâmina d’água em reservatórios de usinas hidrelétricas e propriedades particulares no seu interior, e detém 13,7% do total da reserva de água doce disponível no mundo, além do potencial das grandes bacias hidrográficas para produção aquícola. O Brasil tem 8,5 mil km de costa marítima, com uma Zona Econômica Exclusiva de 4 milhões de quilômetros quadrados, o que significa metade do território brasileiro.

Não dar para conceber como tendo todo este potencial aquícola, o Brasil continua importando peixes do Chile, Noruega, China e até do longínquo Vietnã distante 17.180,00 km (dezessete mil e cento e oitenta quilômetros) para suprir a demanda de pescado do país.

Para você ter uma ideia este ano de janeiro a outubro o Brasil já importou mais de US $1 bilhão de dólares em pescados, sendo que até o fim do ano pode chegar a importar perto de US $100 milhões de dólares só em Pangasius vindo do Vietnã.

Por outro lado, o Vietnã mesmo com desafios imensos, já está exportando mais de US $1,2 bilhões de dólares de Panga este ano. De janeiro a agosto deste ano já exportou US $45 milhões de dólares de Pangasius para o Brasil.

Não dar mesmo para entender como tudo isto pode estar acontecendo. Onde estão as lideranças da aquicultura e do setor pesqueiro nacional que não lutam para mudar esta situação tão humilhante.

Estamos entre aqueles que acreditam nos cultivo de pescados desta grande Nação, seu potencial para produzir alimentos de alta qualidade e criar riquezas para nossos produtores. Onde está Você nesta luta?

One comment

  1. Esta é uma boa pergunta! Onde está você nesta luta?

    Retornei recentemente do fórum da Global Aquaculture Allience no Chile onde os temas principais foram sustentabilidade, rastreabilidade e segurança alimentar. Para minha surpresa eu era o único brasileiro presente, o que me deixou muito decepcionado e entristecido. Como poderemos competir com produtores de outras regiões se não buscamos ao menos saber o que está sendo feito mundo a fora.

    Outra pergunta que fica no ar é:

    Por que nossos produtores de tilápia e tão pouco de camarão conseguem competir no mercado internacional e tentam coibir a concorrência através de impedimentos sanitários com a desculpa de proteger nossos produtores de doenças já existentes no Brasil ou que mais cedo ou tarde estarão aqui?

    O Equador sofreu tanto ou mais que o Brasil com doenças na criação de camarões, contudo, hoje encontra-se camarões desse pais em vários mercados, inclusive os dos E.U.A. e União Europeia.

    O que realmente vejo, é ser vendido no Brasil camarões de cativeiro e filés de tilápia de baixa qualidade quando comparados ao mercado externo a preços que em muitos casos são o dobro dos praticados lá fora. Qual é o motivo para essa disparidade se estamos tratando de commodities que tem em seus preços pouca diferenciação.

    O nosso governo deveria rever seus modelos e estabelecer um diálogo para que possamos mudar os paradigmas estabelecidos para que realmente possamos ter uma aquicultura eficiente e eficaz apta a competir em qualquer mercado.

    Luiz F. Aramis

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