Cuba Tenta Salvar sua Frágil Economia Legalizando e Estimulando Empresas Privadas
Cuba: Depois de ver a China Comunista se transformar na maior nação capitalista do mundo, líderes cubanos tentam salvar sua cabaleante economia estimulando o antes amaldiçoado capitalismo junto aos seus cidadãos.
Quando Cuba marcou seu 58 º aniversário do início da Revolução Comunista, na semana passada, a mensagem-chave do Vice-Presidente José Machado foi a de que os cubanos precisam trabalhar mais e deixarem de mamata ou inércia.
Machado, 81, que falou por 25 minutos enquanto o presidente Raul Castro, que participou da cerimônia, mas ficou em silêncio, culpou a corrupção e inércia dos trabalhadores para os problemas econômicos de Cuba.
Nos últimos anos o feriado foi marcado por longos e enfadonhos discursos de Fidel Castro louvando a revolução e atacando viemente as mazelas do capitalismo.
A coisa não esta boa para aqueles lados com o barco gaiola do comunismo indo a pique, não chegando a lugar nenhum a com água na proa.
Isto é, este ano os líderes da nação insular de mais de 11 milhões de pessoas estão tentando incentivar diferentes modos de pensar, inclusive permitindo a implantação de empresas privadas limitadas, antes uma abominação para o comunismo cubano e o carro chefe do tão difamado e maldito capitalismo.
E a coisa esta funcionando. Só no ano passado, trezentos mil cubanos entraram no setor privado – os pequenos empresários são homens e mulheres que trabalham fora de suas casas ou quintais – ou com um Ford Victoria 1956, um dos melhores carros do que não estão no cargos chaves da nação, como Juan, um motorista de táxi Havana que é um novo empresário.
E as pessoas estão comprando, mesmo que isso signifique gastar mais dinheiro. Por exemplo, um corte de cabelo feito pelos empreagados do governo de Cuba custa cerca de oito centavos de dólar.
Os preços reais capitalista ou da iniciativa privada dos barbeiros cubanos custa cinco vezes mais, contudo muitos gente fica na fila preferindo pagar mais e ter algo decente para mostrar.
“Ter uma licença do governo para fazer isso só facilita a minha vida”, diz Juan. “Isso significa que eu não tenho de me esconder ou pagar propina para os inspetores.”
O capitalismo é incentivado por uma liderança comunista cada vez mais desesperada tentando manter a economia cubana à tona enfrentando desafios imensos. Tudo que é produtivo no país está sacoteado e enferrujado caindo aos pedaços.
Oitenta por cento dos cubanos continuam trabalhando para o estado, e o resultado é ineficiência em todos os lados. Tudo vive estagnado. Tudo mundo sem nenhum estímulo para produzir mais ou melhor.
Um exemplo na cara é que o país importa 80 por cento de todos seus alimentos. Imaginem um país essencialmente agrícola produzir tão pouco. A agricultura comunitária-socialista-comunista é um fracasso redundante. Quem vai produzir se tudo é do estado.
Existe algum cepticismo que Castro, que acaba de completar 80 anos, será capaz de gerenciar qualquer transição real.
Na realidade o comunismo funciona como se você fosse para uma academia, malhasse como doido, suasse como uma tapa da cheleira e tudo fosse para os músculo e saúde dos chefões. Nada ficaria com você. Quem queria malhar nestas condições?
É assim mesmo que sente os trabalhadores estatais. Resultado: estagnação da produção, corrupção do cabelo ao pé e a culpa será sempre dos trabalhadores, nunca do sistema.
“Eu chamo isto colocar um band-aid em um corte de 25 centímetros, porque depois de mais de 50 anos com uma economia terrível e opressora, agora os chefãos estão dizendo que os cubanos têm de parar de depender do governo que não tem mais como pagar seus míseros salários.”
“Estão tentando mudar de gaiola do comunismo para a rodovia do capitalismo acabando a dependência total da população no estado como modelo completamente falido. O que já está acontecendo e vai aumentar mais ainda é a demissão dos trabalhadores estatais em massa.”
“ Aí para criar empregos só mesmo a livre iniciativa abençoada do capitalismo. Isso é uma coisa muito difícil de fazer com o barco afundando”, diz um professor da Universidade de Miami.
Para aqueles que nadaram e mergulharam agarrando com todas as forças na boia salva-vidas do capitalismo, como o vendedor de óculos de sol Noel, que virou camelo regulamentado com suas mercadorias nas calçadas Havana, isto é uma nova vida cheia de possibilidades.
Nem mesmo tendo fiscais do governo por todos os lados de Noel e tomando dele 35 por cento sobre os lucros indo direto para o estado comunista, vale a pena e não diminui em nada seu constante entusiasmo.
Para quem vive vigiado a todo momento, sem direito de ir e vir, quanto mais de falar e dar sua opinião, sem poder frequentar publicamente sua igreja, podendo ser condenado sem julgamento e antigamente o fuzilamento no paredão comandado por Fidel podia ser um destino certo, estas mudanças são mais do que bem vindas.
“É incrível”, diz Noel. “Antes, a polícia o prenderia por isso ou levava o deles. Antes eu estava apenas fazendo o suficiente para comer e nada mais, mas agora pela primeira vez na minha inteira vida, eu tenho um pouco de dinheiro no meu bolso.”
Quem nunca teve estas liberdades confiscadas, não valoriza como isto é importante. Milhares morreram por tentar sair da gaiola cubana e acabaram no fundo do golfo do México ou terminaram seus dias nas torturas das cadeias cubana.
A próxima etapa de reformas em Cuba – o que poderá acontecer ainda este ano – permitiria que cubanos possam comprar ou vender carros e casas, algo atualmente contra a lei.. Imagine viver num país onde você não tem direito de ter seu lar e nem um carro para sua família. O estado é dono de tudo e de sua vida.
Mas ainda haverá limites. Ninguém será permitido possuir mais de uma casa, e para os trabalhadores médio, cujo salário é atualmente cerca de US $ 19 ao mês, até mesmo a possibilidade de possuir uma casa vai ficar muito longe de suas possibilidades.
E isto aí, Cuba está como alguém se afogando pedindo que atirem a boia do capitalismo para ajudarem. É tempo de ajudarmos os irmãos cubanos a saírem desta gaiola com água até pescoço e dar condições de serem donos dos seus destinos.
Quem sabe brevemente os cubanos e cubanos vão poder descobrir e viver o que disse o Thomas Jefferson: “Todos os seres humanos são criados iguais, e são dotados pelo seu Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais estão o direito a vida, a liberdade e a busca da felicidade”.
Em outras palavras, o livre mercado e a livre iniciativa são as boias salva-vidas que os bravos cubanos e cubanas estão se agarrando para não se afogarem de vez. Precisam de todo suporte, folego e energia para chegaram a praia da liberdade empresarial.