BioJetFuels Aprovado – Dia histórico para todos que participam da indústria de combustíveis renováveis para Aviação. Os Biocombustíveis para empresas aéreas ou BioJetFuels baseados em Algas (Aquícolas) Pinhão-manso, Camelina, Resíduos Municipais e Celulose foram Aprovados pela ASTM International.
ASTM International (ASTM), originalmente conhecida como o American Society for Testing and Materials, é uma organização de padrões internacionais que desenvolve e publica consensual e voluntária normas técnicas para uma ampla gama de materiais, produtos, sistemas e serviços.
As companhias aéreas e todos nós envolvidos em pesquisa e produção de biocombustíveis para aviação recebemos um grande impulso com a aprovação preliminar pela ASTM do uso em aviões comerciais de mistura de combustível tradicional com biocombustível a partir de plantas não comestíveis, conforme a ATA (Air Transport Association) anunciou hoje.
Combustível processado a partir de resíduos orgânicos ou materiais não alimentares, tais como algas e resíduos florestais, podem ser misturados em até 50 por cento do total do combustível usado para voos de passageiros.
Todas as empresas de tecnologia que trabalham, defendem e estão envolvidas na produção de biocombustíveis de aviação sãos os grandes beneficiários deste avanço . Os implementadores de empreendimentos de biotecnologia e biocombustíveis têm agora oficial acesso a este imenso mercado que consome 220 bilhões de litros/ano de biojetfuels.
Como mostramos em artigos anteriores, Airbus e TAM Airlines realizaram com pleno sucesso no Brasil um voo histórico e pioneiro na América Latina usando combustíveis de aviação feitos à base de Jatropha curcas, ou o nosso tão conhecido Pinhão- Manso com uma aeronave Airbus A320.
Empresas como a gigante Boeing afirma que o desenvolvimento de uma fonte de combustível renovável é uma parte crítica da estratégia da empresa para criar um futuro e alternativa sustentável para a aviação e para a comunidade global.
A Brasileira Embraer e a General Electric anunciaram tempos atrás que estão trabalhando com empresas de combustível renovável para o desenvolvimento de biocombustíveis para aviões. Eles dizem que um voos testes podem acontecer no início de 2012.
BioJetFuels Aprovado – Aprovação Preliminar Concedida pela Renomada ASTM International
Aprovação preliminar concedida pela ASTM International deve permitir que a Airbus, SAS e Lufthansa AG iniciem nas próximas semanas testes de seis meses usando um motor alimentado com 50 por cento de biocombustível feitos a partir de camelina, pinhão manso, e resíduos de animais.
Segundo a ASTM, a aprovação final deve ser formalizada até o início do próximo mês. A partir daí as companhias aéreas poderão então começar a utilizar biocombustíveis aquícolas e outras formas em suas aeronaves.
A Lufthansa tem como objetivo usar mistura de até 10 por cento de biocombustível com querosene fóssil em 2020. A Airbus projeta que companhias aéreas consumam até 30 por cento dos seus usos diários de combustível a partir de fontes de origem vegetal em 2030.
Pelo lado dos fabricantes de motores a jato como a GE, maior fabricante mundial, afirmam que uma mistura de 50 por cento não deve ter nenhum impacto nos motores.
Airbus e Boeing, que juntos fabricam cerca de 80 por cento dos aviões de passageiros do mundo, estão planejando a criação de cadeias de produção de biocombustíveis em todo o mundo. Airbus está trabalhando em um centro de abastecimento na Índia, onde está em negociações com representantes do governo e companhias aéreas.
Seu objetivo é formar joint ventures e parcerias com os produtores, transportadores e as refinarias. A Boeing está negociando com empresas de toda a cadeia de suprimentos no Brasil e outros países da América do Sul.
Segundo esta duas empresas, combustível a partir de plantas não comestíveis ou resíduos não colocam pressão sobre os preços de culturas como pode acontecer com o combustível a partir do milho, cana de açúcar ou de soja.
Segundo noticias divulgadas pela Bloomberg News, a Honeywell e Indian Oil Corp, maior refinaria do país, estão planejando estabelecer uma planta piloto de produção de biocombustíveis na Índia no ano que vem.
Será a primeira unidade piloto da Honeywell na Ásia na qual as duas empresas vão analisar a viabilidade da utilização de plantas como o pinhão-manso e Pongomia para produzir combustível renovável para jatos.
Com esta aprovação, o Brasil, com todo o conhecimento e liderança em combustívies renováveis, tem agora ainda mais a grande oportunidade de ser um líder mundial também em biocombustíveis para aviação.