Biogás em DC – Estação de Tratamento de Esgotos de Washington nos US trata 1,25 bilhões de litros de esgoto cada dia produzindo 10 megawatts/dia de eletricidade
Recentemente foi inaugurada na capital americana uma das primeiras unidades de tratamento de águas residuais do país que está produzindo eletricidade de excrementos, permitindo-lhe reduzir seus próprios custos de energia em até US $ 10 milhões por ano.
A estação avançada de tratamento de efluentes Blue Plains custou US$ 470 milhões e está processando uma média de 1,25 bilhões de litros de esgoto cada dia, transformando-os em 10 megawatts/dia de eletricidade
A estação Blue Plains é a primeira da nação a realizar hidrólise térmica em seus sólidos de tratamento de águas residuais para produzir energia para suas próprias instalações.
Como é que a estação transforma excrementos humanos em eletricidade? A tecnologia pioneira usa 32 tanques de hidrólise térmica, quatro digestores anaeróbicos e três turbinas geradoras de eletriciade do tamanho das dos motores a jato. Esta unidade de hidrólise térmica do DC é a maior de seu tipo no mundo.
O processo de hidrólise térmica utiliza alta temperatura e pressão para “cozinhar” os sólidos que estão sobrando no final do tratamento convencional de águas residuais. Isto mata os patógenos e bactérias presentes nos sólidos que são então enviados para os digestores onde organismos metanogênicos irão realizar a digestão anaeróbia, que é o processo de tratar bioquimicamente os resíduos sem a presença de oxigênio. Estes organismos, por sua vez, produzem metano, que é usado para produzir eletricidade através de turbinas.
Além disto o processo também produz biossólidos classe B – um excelente biofertilizante – que são espalhados como adubos no muitos jardins da capital estadunidense e outros projetos.
“Este é mais um exemplo do Distrito de conduzir a nação na adoção e implementação de práticas sustentáveis”, dizem a autoridades locais. “A estação Blue Plains do DC está convertendo desperdício em um subproduto que aduba o solo rico em nutrientes, produzindo energia e ajudando a colocar o Distrito de Columbia no caminho rumo ao desperdício zero no futuro.”
Além da US $ 10 milhões na economia do uso da eletricidade, a estação espera economizar US US$ 2 milhões por ano em produtos químicos para tratamento e US $ 11 milhões que seriam usados no transporte em caminhões para colocar fora os biossólidos classe B.
Produção de energia e biosolidos não são as únicas coisas boas coisas neste tratamento avançado de águas residuais. No início deste ano, um estudo de pesquisadores do U.S. Geological Survey descobriu que metais preciosos como ouro e prata podem ser também retirados a partir de esgoto tratados com esta tecnologia.
Que exemplo para outras cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e daí por diante. O que polui e destroi nossos rios e mares poderia muito bem estar produzindo vida e eletricidade para milhões de habitantes e fazendo nossos parques e jardins mais verdes!