Google anunciou esta semana que atingiu em todo o mundo o espantoso número de 500.000 ativações diárias de novos celulares e tablets usando seu sistema Android.
O mais surpreendente é que estes números estão crescendo a uma taxa de 4% por semana. Isso coloca a Apple na poeira e bem atrás.
No último trimestre deste ano, a Apple vendeu cerca de 19 milhões de iPhones, com uma taxa de ativação diária ao redor de 210.000. Se forem incluídos iPads e iPod touches no cálculo, a taxa de ativação da Apple foi de cerca de 325 mil/dia.
Embora, a taxa de ativação da Apple tenha subido significativamente, provavelmente e, especialmente com a empresa tendo vendas mais fortes do iPad 2, mas nem chega perto da Google Android com 500 mil por dia.
A nova tendencia: Aparelhos Móveis se Tornando Plataforma de Jogos.
Estes números fazem toda a diferença devido os cellphones estarem cada vez mais se tornando plataforma de jogos. Todos os criadoures de jogos estão desenvolvendo aplicativos que rodam no topo dos dispositivos móveis – aplicativos estes que tornam esses dispositivos mais valioso para os seus utilizadores – e aí a quota de mercado é fundamental.
Se Android pega uma fatia dominante do mercado, como o Windows da Microsoft fez na década de 1990, a Apple vai ficar cada vez mais marginalizada, e eventualmente o valor do OS como plataforma pode despencar.
A Apple claramente aprendeu várias lições do seu fracasso na década de 1990, uma das quais é a necessidade de ser competitiva em preço. iPhones eiPads custam o mesmo ou menos do que congêneres Android, que está ajudando a Apple manter a sua quota de mercado (até mesmo como Android amplia sua liderança global).
A Apple também tem outra vantagem que não tinha na década de 1990: Android ainda é uma plataforma “fragmentada”, com muitas versões diferentes e personalizações.
Google está se movendo para restringir a quantidade de personalização que os seus fornecedores de hardware podem fazer, mas a fragmentação das diferentes versões da plataforma ainda é um problema para os programadores (que querem ubiquidade – “write once, run everywhere”).
Ontem, a Apple informou que planeja vender um iPhone “barato”para competir melhor contra a ameaça Android-iana. Esta seria uma business decisão mais do que inteligente.
