Algas – Coloboração: Dr. John Kyndt – Head-Cientista do Programa de Energia Renovável do Advanced Energy Independence Lab e Dr. Aecio D’Silva, CEO Moura Enterprises, LLC
(Insertes do Livro: ALGAE COLOR THE FUTURE GREEN dos autores deste artigo).
Como dissemos no artigo anterior (“Tecnologia de Ponta: Produção de Vacinas Usando Algas“), a produção de vacinas em algas como organismo alternativo as atuais tecnologias existentes é uma opção real e que merece ser considerada por todos do setor.
Contudo, a viabilidade da produção de vacinas passa necessariamente pelo avanço nos meios de produção e mecanismos de execução (por exemplo, produção em organismos alternativos como algas).
Quando analisamos e comparamos a produção de algas com outras vias de produção de vacinas usadas atualmente, vemos o potencial que esta nova tecnologia ou via aquícola representa.
Entre as vantagens do uso das algas podemos destacar as seguintes:
- Facilidade de escalonamento: a produção de algas é facilmente escalável.
- Ausência de toxinas: em algas temos completa ausência de vírus vivos humanos ou toxinas nas fases produtivas.
- Vantajoso custo/benefício: a produção de algas tem um custo bem menor do que mamíferos, ou linhas de células CHO.
Algas & Vacinas – Fase de P&D
Na fase inicial de pesquisa, temos que explorar a eficiência da produção em algas de diversas vacinas já existentes no mercado e determinar a necessidade de pesquisas adicionais.
Esta é uma fase chave e importante para atingir o objetivo estabelecido. Isto é, tornar a alternativa de uso de algas como algo prático e que tenha sustentabilidade nas atuais vacinas produzidas. Nesta etapa as técnicas avançadas de engenhara genética desempenham um papel crucial no desenrolar de todas os experimentos.
Uma vez determinada a metodologia para um grupo de vacinas alvos com grande potencial de mercado, vem a fase seguinte para aumentar a escala de produçao e purificação.
Algas & Vacinas – Fase de Produção em Escala Piloto e Industrial
Para isto se faz necessário, a disponibilidade do suporte e conhecimento técnico-científico juntamente com todo o equipamento para executar e otimizar a produção, purificação e testes de qualidade dos componentes alvos.
Nesta fase passamos do estágio de laboratórios para a realidade de produção em escala piloto e industrial. Devemos ter em mente que a infra-estrutura disponível é que vai definir o sucesso de todo o trabalho a partir deste momento.
Isto inclui mão-de-obra altamente treinada-especializada, fermentadores de pequena e grande escala para otimizar o crescimento celular, produção de alta capacidade de sistemas de purificação de proteínas, HPLC e imunoensaios para controle de qualidade, fracionamento, sistemas de embalagem e dai por diante.
Nesta fase, tudo o processo industrial deve estar definido em condição de começar a produção em larga escala e, consequentemente, entrar no mercado com vacinas que vão ser e fazer a diferença das atuais. A resposta mercadológica de “green” vacinas pode ser atingida neste momento
Ainda há um longo caminho a percorrer, mas quem chegar primeiro nesta corrida vai dominar e estar no top do setor.
Esta via aquícola é uma grande oportunidade, mas precisa de refinado embasamento tecnologico. Só assim poderemos tornar viavel a produção comercial de vacinas em algas através da engenharia genética. Nosso grupo está bem avançado nesta direção.
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