Alcoolismo Matou Mais que a Covid-19 nos USA em 2020 Confirma o CDC
Por Aecio D’Silva, PhD e Fabiano Moura, MSc
AquaUniversity
Alcoolismo Matou Mais que Covid-19 – Como vimos 2020 foi um ano marcado pela pandemia de COVID-19 e seus efeitos devastadores tanto na saúde pública quanto na economia. No entanto, outro problema de saúde pública significativo que foi amplamente ignorado é o impacto do álcool nas taxas de mortalidade nos Estados Unidos.
De acordo com dados dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC), mais americanos com menos de 65 anos morreram devido a causas relacionadas ao álcool em 2020 do que devido ao COVID-19. Especificamente, o CDC estima que aproximadamente 95.000 pessoas nesta faixa etária morreram devido a causas relacionadas ao álcool, enquanto aproximadamente 84.000 morreram devido ao COVID-19.
Essa é uma estatística preocupante que destaca a gravidade do problema do uso de álcool nos Estados Unidos. O álcool é uma das principais causas de morte evitáveis e seus efeitos não se limitam à doença hepática e à dependência. O consumo de álcool também é um fator de risco importante para uma ampla variedade de problemas de saúde, incluindo câncer, doenças cardíacas e acidentes.
A pandemia de COVID-19 também agravou o problema do uso de álcool, já que muitas pessoas recorreram ao álcool para lidar com o estresse e ansiedade causados pela pandemia. Isso levou a um aumento no consumo excessivo de álcool e nas mortes relacionadas ao álcool, especialmente entre adultos mais jovens.
No Brasil não deve ser nada diferente. Pesquisas apontam que alcoolismo é uma das doenças mais comuns no Brasil: cerca de 10% da população é dependente de álcool, sendo que a cada dez alcoólatras ou dependente químico, sete são homens.
Alcoolismo Matou Mais que Covid-19 – O que é dependência química?
A dependência química se desenvolve a partir do uso compulsivo de substâncias químicas que perturbam o funcionamento do sistema nervoso central. Isso significa que eles afetam a forma como agimos e pensamos, e também promovem um desequilíbrio no metabolismo.
Ao mesmo tempo, ativam a parte do cérebro responsável pela sensação de prazer. Esse conjunto de efeitos torna o indivíduo incapaz de controlar o desejo de tomar outra bebida e torna-se dependente das substâncias químicas, afetando sua saúde física e mental e suas relações interpessoais.
Enquanto que as mortes com a Covid-19 tenham sido divulgadas e usadas como força mediática para conscientizar a população da epidemia, pouco se falou ou se fala do males causados pelo consumo de álcool. Famílias e lares têm sido arrasados por esta dependência química. Na minha família tanto da parte do meu pai como da minha mãe temos 26 (VINTE E SEIS) familiares que se foram precocemente pela dependência alcoólica! Isto é algo que precisa ser visto como um grave problema de saúde pública. Deve ser combatido tanto a nível pessoal no atual presidente da república como a nível nacional.
Declarado como uma doença, o alcoolismo é um dos sérios desafios da saúde pública em todo mundo. Esta séria enfermidade integra o rol de patologias crônicas, conforme classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), com recomendação para que seja enfrentada por autoridades e líderes mundiais com urgência. A orientação decorre das várias complicações ocasionadas à saúde das pessoas que consomem álcool, mas também pelos agravantes sociais como violências e acidentes, principalmente de trânsito.
Alcoolismo Matou Mais que Covid-19 – Tratamento Disponíveis
No ponto de vista nacional, o governo precisa manter e reforçar o investimento e as medidas de combate ao alcoolismo, numa perspectiva individual a resposta depende não só da força de vontade, mas também do acesso a acompanhamento médico e terapêutico.
Vários tratamentos já estão bem estabelecidos e muitos deles são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O primeiro passo pode ser quando o usuário procura a atenção primária à saúde e, a partir daí, inicia o tratamento, que pode ou não incluir medicamentos”, afirma alguns médicos indagados. “A abordagem deve ser multidisciplinar. “Só um médico não basta, é preciso um psicólogo e um assistente social para acompanhar o paciente e determinar o impacto no dia a dia e nas interações sociais”, defendem especialistas no tratamento.
Em minha opinião, as igrejas podem ter uma função importantíssima no tratamento. Todas a igrejas de todas as denominações, se já não tem, deveriam ter um capítulo dos AA em suas dependências.
Outro ponto importante, a ser considerado, é a presença de uma rede de apoio, que pode ser a própria família e as pessoas ao seu redor, por exemplo, os Alcoólicos Anônimos são um presente dos céus. Os membros da AA desempenham um papel vital no tratamento, ajudando tanto no apoio às crises de abstinência quanto nos cuidados de reabilitação. O programa dos 12 passos compartilhados nos encontros dos AA são referências mundiais para ajudar a enfrentar os desafios da superação do vício.
Alcoolismo Matou Mais que Covid-19 – O que é os Alcoólicos Anônimos -AA
Alcoólicos Anônimos – Formado em 1935 nos Estados Unidos, Alcoólicos Anônimos (A.A.) é uma comunidade mundial autossustentável que oferece apoio a homens e mulheres com problemas de álcool. Membros da minha família foram resgatados e libertados do álcool por esta organização maravilhosa. Participantes dos AA se encontram todos os dias do ano, incluindo fins de semana e feriados, para compartilhar experiências e histórias que o ajudarão a permanecer sóbrio. Até o momento, aproximadamente 2 milhões de pessoas se recuperaram do alcoolismo com o apoio de A.A. No Brasil, o programa existe há mais de 40 anos. Se você, alguém da sua família ou que você conhece está enfrentando as consequências do alcoolismo, não demore mais um minuto, procure um AA perto de você e aja. Só quem quase já perdeu alguem precocemente pelo consumo de alcool sabe o que AA significa!
https://www.aa.org.br/linha-de-ajuda