A chamada “proteína de sobrevivência” que protege o cérebro contra os efeitos de derrame ou acidente vascular cerebral foi descoberta por cientistas da Universidade Johns Hopkins em tecido cerebral de roedores.
A descoberta tem implicações importantes no tratamento de acidente vascular cerebral, bem como para doença de Parkinson, diabetes e ataque cardíaco.
Avanços como estes podem mudar radicalmente o tratamento de doenças até então consideradas intangíveis pelos métodos e conhecimentos atuais.
Nosso grupo de cientistas e especialistas tem dedicado tempo e esforço intenso na área de Biotecnologia Proteômica.
Proteômica é o estudo em grande escala de proteínas, particularmente as suas estruturas e funções. As proteínas são partes vitais de organismos vivos, pois eles são os principais componentes fisiológicos das vias metabólicas das células.
Deste modo descobrir, entender e transformar estas descobertas em produtos e testes em benefício dos seres humanos, animais e plantas é o objetivo e meta de todos que trabalham nesta área do conhecimento técnico-científico.
No caso da “proteína de sobrevivência” quando o tecido do cérebro é submetido a um trauma estressante, mas não mortal, ocorre uma resposta imediata de defesa que protege as células de ataques subsequentes.
Os cientistas dissecaram esta via de pré-condicionamento do tecido cerebral para identificar os agentes moleculares mais críticos, incluindo a proteína Iduna.
Esta proteína aumentou sua concentração de três a quatro vezes mais no tecido do cérebro de rato pré-condicionado na sequência do trauma nos tecidos, afirmaram os cientistas.
A equipe expôs as células do cérebro do rato a rajadas curtas de um produto químico tóxico e, em seguida identificaram os “pré-condicionadores” dos genes das células que se magnificaram-aumentaram como um resultado da agressão.
Focalizando na proteína Iduna, os pesquisadores ligaram (“turned up”) as atividade dos genes nas células durante a exposição ao produto químico tóxico, que resultou no pré-condicionamento. As células deficientes em proteína Iduna não sobreviveram, mas aquelas com altos índices de Iduna resistiram muito bem ao ataque.
Os cientistas também descobriram que a proteína Iduna interfere com um determinado tipo de morte celular que está presente nas complicações de diabetes e ataques cardíacos, bem como acidente vascular cerebral.
Ao ligar-se (unir) com uma molécula conhecida como polímero PAR, a proteína Iduna impede a circulação dos fatores de indução de morte celular (FIA) nos núcleos de cada célula.
“Aparentemente, o que não mata, faz você mais forte”, acrescentou um dos pesquisadores. Esta resposta imediata ativada pela “Proteína da Sobrevivência” dar ampla proteção na defesa dos neurônios, células gliais e vasos sanguíneos – em suma, cérebro inteiro. Não é apenas um atraso da morte, mas uma proteção real que dura cerca de 72 horas.
O conhecimento dos vias e reações desta proteína podem levar a um a nova era de conhecimento sobre estas tão devastadores doenças como Parkinson, diabetes e ataque cardíaco além de acidente vascular cerebral.
Na realidade, cada vez mais a biotecnologia genética e proteômica nos mostra como o inteligente design do DNA das nossas células interagem sempre para defender a vida.
Dentro de cada núcleo das células, nanomáquinas (microscópicas) de produção e processamento de informação digital comandam todo o processo de produção de proteínas num ordenamento que cada vez mais convecem muitos cientistas da quase impossibilidade da vida ter surgido simplesmente por chance e necessidade.
Cada vez mais vemos que a especificidade e ordenamento dos processos do codigo genético têm grande possibilidades de ser produtos de inteligente direcionamento colocando juntos energia, matéria e informação.