Trazendo de Volta a Alegria e Vontade de Viver
Inserção de gene pode substituir medicação e reverter estados de depressão crônica trazendo de volta a alegria e vontade de viver para milhões com esta destruidora enfermidade.
Em estudo publicado recentemente, cientistas do New York-Presbyterian Hospital / Weill Cornell Medical Centre afirmaram que identificaram um gene que desempenha uma função crucial no controle de todos os tipos de depressão ou a famosa fossa mental.
Os pesquisadores estudaram as atividades do gene P11 em uma área do cérebro que é o centro de recompensa e prazer.
Esta parte do cérebro é importante no controle da depressão porque os que sofrem deste mal perdem a capacidade de obter prazer e obter satisfação das atividades normalmente prazerosas na vida desenvolvendo um processo conhecido como Anedonia.
Anedonia é a perda da capacidade de sentir prazer, próprio dos estados gravemente depressivos. Também é encontrada na neurastenia e em alguns tipos de esquizofrenias e no transtorno de personalidade esquizóide.
Anedonia está associada com baixos níveis de monoaminas no sistema nervoso, como a serotonina, dopamina, adrenalina e noradrenalina, mas principalmente ocorre uma disfunção Dopaminérgica e Noradrenergica.
Os tratamentos atualmente existentes dependem da intensidade do sintoma e a associação com outros possíveis sintomas de depressão. Se a anedonia for predominate o tratamento será com inibidores seletivos da recaptação de dopamina e noradrenalina (IRND), ex. Bupropiona e Mirtazapina.
Sem a discriminação de reforço positivo é esperado que vários comportamentos saudáveis entrem em extinção e a pessoa pode desenvolver Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC – (tais como, Tricotilomania, que é o desejo compulsivo de arrancar e comer o próprio cabelo ) passando ser controlada principalmente por reforço negativo (buscar sofrimento) e por punição.
Gene P11 Ativando os Receptores dos Neurotransmissores da Serotonina
Os cientistas que realizaram a pesquisa descobriram que gene P11 é quem ativa os receptores dos neurotransmissores de serotonina na superfície das células nervosas para permitir que o produto químico reaja com os neurotransmissores no cérebro.
Uma função chave da serotonina é regular o humor das pessoas e mais recentemente atuar na ação dos medicamentos antidepressivo com o aumento do nível de serotonina no cérebro.
Esta descoberta abre, potencialmente, um novo tratamento para atingir a raiz do que causa depressão no ser humano, afirmou um dos pesquisadores.
A gene terapia ou terapia gênica/genética é uma estratégia para corrigir ou substituir genes defeituosos ou ausentes no tratamentos de doenças. Na maioria dos tratamentos gênicos, um gene “normal” é inserido no corpo do paciente para substituir ou acrescentar o que está causando a a enfermidade.
Embora a inovação tecnológica é ainda considerada experimental, ela está mostrando resultados surpreendentes e promessas animadoras em diversas doenças além da depressão, como no tratamento de câncer, cística fibrosa e até cegueira.
A mesma equipe de cientistas vem testando uma abordagem de terapia genética no cérebro de indivíduos com doença de Parkinson, terapêutica esta que poderia ser facilmente adaptada para tratar a depressão.
Quando os cientistas desativaram o gene P11 em camundongos, os ratos apresentaram sintomas de depressão. Mas quando eles inseriram um ativo gene P11, os comportamentos depressivos foram cancelados.
Eles também estudaram os cérebros de pacientes falecidos com depressão e pessoas não deprimidas. Descobriram níveis drasticamente baixos de P11 nos cérebros dos doentes deprimidos.
A equipe agora está colaborando com uma equipe do Instituto Nacional de bem-estar mental na condução de estudos adicionais em macacos.
Os cientistas formaram uma corporação e licenciaram para a mesma os direitos de propriedade intelectual para o tratamento com gene p11 nos distúrbios comportamentais. Isto pode facilmente se tornar em uma nova empresa bilionária.
A Prevalência da Depressão na América do Norte e no Mundo Todo
A depressão é tão prevalente na América do Norte que é às vezes referido como “o frio generalizado” de doença mental.
Mais de 13 milhões de adultos americanos são diagnosticados com depressão a cada ano, e cerca de 27 milhões de americanos estão tomando medicamentos antidepressivos, com cerca de 165 milhões de prescrições escritas anualmente.
O antidepressivo Wellbutrin (e Wellbutrin XL) e Effexor (e Effexor XR) são dois dos medicamentos mais vendidos mediante receita médica no mundo.
Os impactos sociais e financeiros de depressão em 13 milhões de americanos deprimidos são imensos. O mais destruidor é que depressão não tratada leva ao suicídio em cerca de 15% dos casos.
As despesas diretas e indiretas da depressão, tais como os custos de saúde, prescrição de medicação antidepressiva, perda de trabalho e perda de produtividade são estimadas em bilhões de dólares por ano.
Mesmo sabendo que a depressão é um distúrbio complexo que possivelmente implica uma gama de funções e circuitos cerebrais, os cientistas estão otimistas que a sua descoberta vai abrir definitivamente a porta para a real possibilidade de utilizar a terapia gênica para combater esta tão devastadora doença.
O mais importante. Uma vez estabelecido a validação deste inovador tratamento gênico, a depressão poderá não ter mais vez nos humanos.
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