Por que o Brasil não é uma Potencia Mundial em Aquicultura?

Membro da Associação dos Jovens Criadores de Tilápia de Jatobá
Membro da Associação dos Jovens Criadores de Tilápia de Jatobá tendo Dignidade e Renda de 2-4 Salários Mensais

Como anunciamos em posts passados, atualmente a Aquicultura já é responsável por 50% de toda produção mundial de pescado. Aquicultura tanto marítima como continental estão atingindo níveis de tecnologia, produção e produtividade cada vez mais representativos em todo mundo.

Como temos também mostrado em vários posts do MyBeloJardim, o Brasil tem todas as condições de ser a curto prazo uma potencia mundial em Aquicultura e BioCombustíveis Aquícolas.

Como exemplo de modelos de sucesso, escrevemos artigos anteriores sobre o sucesso dos projetos de cultivo de Tilápia em tanques-redes das Associações do Padre Antonio e Ivone no Rio São Francisco e o fenômeno mundial do Pangasius sp, bagre nativo do rio Mekong do sudeste Asiático.

Embora a aquicultura comercial desta espécie tenha iniciada somente  em 1994,  o Pangaisius ja é responsável por 50% de toda a exportação de pescados do Vietnã gerando milhares de empregos e faturando bilhões de dólares anualmente. Vejam uma atividade aquícola com menos de 20 anos de idade!!!!

Surpreendentemente, apesar de um décimo das espécies de peixes do mundo (~ 5.000) ocorrem na Amazônia, nenhuma delas são cultivadas em larga escala como a Tilápia e agora o Pangasius.

Além disto, o Brasil, a oitava economia do mundo, tem 10 milhões de hectares de lâmina d’água em reservatórios de usinas hidrelétricas e propriedades particulares no seu interior, e detém 13,7% do total da reserva de água doce disponível no mundo, além do potencial das grandes bacias hidrográficas para produção aquícola. O Brasil tem 8,5 mil km de costa marítima, com uma Zona Econômica Exclusiva de 4 milhões de quilômetros quadrados, o que significa metade do território brasileiro.

Não dar para conceber como tendo todo este potencial aquícola, o Brasil continua importando peixes do Chile, Noruega, China e até do longínquo Vietnã distante 17.180,00 km (dezessete mil e cento e oitenta kilometros) para suprir a demanda de pescado do país.

O que está impedindo das espécies amazônicas e do rio São Francisco impulsionarem a aquiculcutura no Brasil em larga escala como o ocorre com o Pangasius atualmente e colocar este país no lugar de destaque aquícola mundial?

Sobre este assunto, temos recebidos muitos comentários. Neste post vamos colocar um texto de um dos nossos assíduos leitores que deu sua opinião sobre o assunto. Embora o texto abaixo não possa representar necessariamente a nossa opinião, mas é o que acha o nosso estimado leitor Anthony.

“Olá, Parabéns pela trabalho extraordinário que este site está fazendo em pró da Aquicultura no Brasil e no mundo. Já era tempo de termos uma voz sólida e cientificamente embasada para mostrar a nossa realidade!!!

Trabalho com peixes ornamentais ha alguns anos, reproduzo o pangasius e outros exoticos, vendo-os como peixes ornamentais, fiz teste em tanques rede com o pangasius e de fato e excelente para o cultivo, mas o grande problema como sempre é o governo e mais precisamente, o IBAMA.

Pelo que sei, já querem proibir a reprodução do pangasius já proibiram a importação para uso como ornamental, como também  existe pressão para a proibição de importação do file do pangasius, dizem que ira prejudicar o comercio dos nossos file de tilapia e outros peixes  produzidos por aqui, ou seja, os produtores são contra a importação e  tem deputado federal apoiando eles.

O Brasil e seu Ministério da Pesca e Aquicultura sempre na contra mão do mundo, por aqui se proibe por proibir, nao existe estudos e nem interesse do IBAMA para investir em pesquisas, e mais facil para eles proibir que trabalhar,pesquisar , usar universidades, fazer convenios, etc…

Sempre dizem que farão estudos, sempe dizem que liberarão isto e aqui assim que tiverem os estudos prontos, mas os anos passam e nada sai. Nossos paises vizinhos e concorrentes ja ultrapassaram a nós, em matéria de exportacoes de peixes ornamentais, aqui no Brasil, ser comerciante ( exportador de peixes ornamentais) e tido como traficante de animais até que se prove o contrário, na contra mão tambem do resto do mundo e da nossa constituição, ou seja, deveríamos ser inocentes até que se prove o contrário, mas não.

Peixes da bacia amazônica e de outras, muitos são proibido de se exportar pelo IBAMA, mas esquece que o mesmo rio faz fronteira com nossos países vizinhos e eles podem e ganham mercado exportando os peixes que tambem sao nossos, acho que geramos empregos e trazemos divisas para o Brasil, mas o IBAMA tem outra visão.

Esperava que com a criacao do Ministério da Pesca e Aquicultura, as coisas mudassem, mas me parece que sera tudo igual, muitos efetivos do IBAMA estão migrando para o MPA, ou seja, será a mesma política, embora o MPA seja um orgãode fomento.

Gostaria de saber de vcs como ter acesso ao estudo que foi feito na Filipina sobre a comprovacao de nao haver impacto ambiental com o pangasius criados em cativeiro.

Atenciosamente

Anthony”

Obrigado Anthony por suas palavras e opiniões. Quem sabe você que está lendo este post também escreve para nós dizendo o que você acha do que disse o nosso leitor Anthony. Vamos discutir o assunto!

Mais informações sobre Pesca e Aquicultura:

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