Explosões Solares Mostram a Vulnerabilidade da Matriz Elétrica Mundial

Temos mostrado em posts anteriores e muitos têm acompanhado com vivo interesse as erupções ou tempestades magnéticas solares e os grandes desafios que elas podem apresentam para a vida na terra.

Tempestades Magnéticas Solares Atingindo a Terra (clique para ampliar)

A humanidade é hoje depedente de eletricidade e eletrônica em praticamente tudo que faz. A vulnerabilidade da tecnologia de comunicações utilizada hoje em dia a estas Explosões Solares é impressionante.

Exemplos disto, são as comunicações via satélites e a grande totalidade dos equipamentos que usamos no nosso dia-a-dia os quais são extremamente sensíveis a tempestades geomagnéticas.

O sol como nosso astro maior apresenta ciclos de 11 anos (aproximadamente) de atividades magnéticas onde as manchas solares atingem mínimas e máximas intensidades.

As manchas solares (Sunspots) são fenômenos temporários na fotosfera do Sol,que aparecem visivelmente como manchas escuras em comparação com as regiões vizinhas.

Elas são causadas pela intensa atividade magnética, que inibe a convecção por um efeito comparável a um freio eletromagnético, formando áreas de temperaturas reduzidas na superfície solar.

Como ímãs, eles também têm dois pólos. Embora estejam a temperaturas de cerca de 3000-4500 K (2727-4227 ° C), em contraste com o material circundante que tem cerca de de 5.780 K fazendo com que as manchas solares apareçam visivelmente escuras na superfície solar,

Um fato que tem chamado atenção dos cientistas é que o pico (máxima intensidade) do próximo ciclo de atividade das manchas solares está previsto para o período de 2012-2014.

Segundo especialistas, este pico traz consigo alto risco de grandes tempestades geomagnéticas que podem causar severos danos em linhas de transmissão de eletricidade, podendo danificar ou destruir subestações paralisando seus transformadores controladores de potência em redes de alta tensão.

Estas tempestades são produzidas por uma onda de choque do vento solar e / ou uma nuvem do campo magnético que interage com o campo magnético da Terra como pode ser visto no gráfico acima.

Para muitos estudiosos do sol, se uma tempestade geomagnética de grande intensidade atingir de cheio a terra (como aconteceu em séculos passados), o estoque de transformadores de reserva estão muito aquém das necessidades de substituição.

Os centros urbanos ao longo de todo continente americano poderiam ficar sem energia por muitos meses ou mesmo anos,até que novos transformadores pudessem ser fabricados na Ásia.

Para a surpresa geral, não existe um plano global de reabilitação da rede de transmissão com dispositivos de proteção contra tempestades geomagnéticas .

Na realidade, a sociedade e vida econômica dos EUA são tão criticamente dependentes da disponibilidade de eletricidade que um colapso da rede causado por um fenômeno natural de grandes proporções ou um EMP (pulso-eletro-magnético) causado pelo ser humano pode resultar em catástrofe e vítimas civis, segundo especialistas desta área

Em outras palavras, atualmente como estão as coisas, a vulnerabilidade é só gritante pela falta de planos de contingencias com datas tão prementes a nossa frente que a única coisa que pode ser feita por nós mortais é apelar para a sorte de não acontecer nenhuma grande erupção solar que atinja diretamente a terra.

Contudo historicamente e probabilisticamente a possibilidade de acontecer é muito grande. Provas são os fatos registrados mundialmente com outras ocorrências solares.

No século 19 foi registrado a partir de 28 de agosto até 02 de setembro de 1859, numerosas manchas solares e explosões no sol.

Pouco antes do meio-dia de 01 de setembro, o astrônomo britânico Richard Carrington observou a maior tempestade geomagnética já registrada até hoje.

A mesma causou um enorme ejeção de massa coronal (CME) que atingiu diretamente a Terra, em somente 18 horas. Isso é notável, porque uma tal viagem normalmente demora 3-4 dias.

Esta super tempestade geomagnética, conhecida como Carrington tempestade, atingiu a Terra e seus efeitos foram sentidos em várias partes do mundo. Cidades ficaram sem comunicações por muito tempo.

Sistemas telegráficos em toda a Europa e América do Norte deixaram de funcionar e em alguns casos, os operadores de telégrafo receberam pesadas descargas elétricas. Postes Telegráficos lançaram faíscas e papel telégrafo espontaneamente pegou fogo.

Naquele tempo não houve muitos problemas porque eletricidade e eletrônica eram quase nada, satélites nem pensar de sua existência e internet nem mesmo Al Gore tinha inventado ainda juntamente com antropogênico aquecimento global, duas das suas preferidas invenções.

Agora a realidade é outra completamente diferente. É esperar e ver o que este pico do ciclo 23 de manchas solares entre 2012-2014 vai trazer a terra.

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